Durão quer «verdade conveniente» sobre Portugal - TVI

Durão quer «verdade conveniente» sobre Portugal

Carlos Zorrinho (PS)

PS ataca conferência promovida pelo presidente da Comissão Europeia, em Lisboa

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O dirigente socialista Carlos Zorrinho considerou hoje que a conferência promovida pelo presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, em Lisboa, na sexta-feira, com a presença do primeiro-ministro, pretende projetar «uma verdade conveniente» sobre Portugal, excluindo vozes dissonantes.

Falando em plenário, na Assembleia da República, o «número três» da lista europeia socialista criticou a iniciativa do presidente da Comissão Europeia, que será aberta pelo Presidente da República, na Fundação Calouste Gulbenkian, enquadrando essa conferência sobre o futuro europeu de Portugal numa agenda ideológica «radical focada na desigualdade e punição».

«Uma agenda que é amanhã [sexta-feira] celebrada em Lisboa, numa iniciativa com roupagem institucional, mas que se traduz num evento marcadamente ideológico e cujo objetivo é projetar uma verdade conveniente sobre o que aconteceu em Portugal nos últimos três anos. Não fora assim e certamente vozes dissonantes teriam sido convidadas para se pronunciarem», apontou Carlos Zorrinho.

Na sua intervenção, o dirigente do PS contrapôs a ideia de que o país e os portugueses «estão mais pobres» ao fim de três anos de executivo PSD/CDS e culpou o atual Governo por se ter quebrado em Portugal o tradicional consenso europeu entre as principais forças políticas nacionais.

«O consenso europeu, que em Portugal durou décadas, foi nos últimos três anos quebrado por falta de comparência do Governo e dos partidos da maioria na defesa dos interesses nacionais e na defesa de uma Europa economicamente robusta e socialmente solidária», disse, antes de fazer uma alusão a críticas que têm sido feitas aos socialistas por dirigentes do PSD, segundo os quais o PS estará divido sobre a solução para a dívida portuguesa.

«Somos pela renegociação da dívida e somos contra o perdão da dívida. Somos pela renegociação da dívida como é pela renegociação da dívida a grande maioria da sociedade portuguesa, não contaminada por receitas ideológicas ou dependências subservientes», frisou o ex-líder parlamentar do PS.
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