PSD: Orçamento é um “strogonoff” para ter o apoio do PCP, mas vegan para agradar ao PAN - TVI

PSD: Orçamento é um “strogonoff” para ter o apoio do PCP, mas vegan para agradar ao PAN

A comparação causou algumas risadas no parlamento, neste que é o segundo dia de debate do orçamento. Já a deputada Cecília Meireles, do CDS-PP,  recorreu ao ilusionismo para criticar o "orçamento oculto"

Em representação do PSD, Duarte Pacheco comparou o Orçamento do Estado para 2021 (OE2021) a um prato de "strogonoff", para ter o apoio do PCP, e "vegan, para ter o apoio do PAN".

Após meses a cozinhar este orçamento, o senhor ministro entregou-nos uma peça orçamental que outrora podia ser conhecido como Orçamento Limiano, mas agora, à pesca de apoios, penso que poderemos apelidá-lo de Orçamento Strogonoff, para ter o apoio dos camaradas do PCP, mas vegan que é para ter o apoio do PAN também. Mostrando, assim, as qualidades de chef Michelin do professor João Leão”.

A comparação causou algumas risadas no parlamento, neste que é o segundo dia de debate do orçamento. O deputado do PSD disse ainda que o PS e o Governo andaram na "pesca à linha" de apoios para um orçamento que é uma "mão cheia de nada" e serve, acusou, para "preservar o poder".

Senhor primeiro-ministro, este prato especial que nos trouxe, é um prato tão especial que ninguém consegue, com justiça, perceber o que é que ele contém”

 

 

Infelizmente, teve de ser o senhor Presidente da República a agarrar este dossier [a pandemia] para que haja uma gestão eficiente deste problema. E, por isso, senhor ministro, aquilo que nos trazem é uma mão cheia de nada, que só tem um objetivo: pescar votos à linha e preservar o poder”, acrescentou. 

E faltam, afirmou, medidas destinadas às empresas, prometendo, na sua leitura, que "não se aumentam impostos" e que, com isso, os "empresários já deveriam ficar felizes".

CDS-PP: "O PS falava em programas ocultos e eu gostava de lhe chamar o Orçamento Oculto"

Se o PSD usou linguagem gastronómica, a deputada Cecília Meireles, do CDS-PP,  recorreu ao ilusionismo para criticar o "orçamento oculto", em resposta ao socialista Fernando Anastácio, que acusou a direita de ter um "orçamento oculto", que passa pela austeridade.

O PS falava aqui em programas ocultos e eu gostava de lhe deixar uma pergunta áquilo que eu chamaria o Orçamento Oculto. Porque, de facto, este orçamento que aqui entra, é oculto em coisas fundamentais". 

Dando como exemplo, "o impacto orçamental das medidas covid-19" tanto nas contas de 2020 como de 2021.

A essa questão o ministro das Finanças não deu resposta, mas fê-lo ao PSD ao dizer que os sociais-democratas dizem que este OE2021 “dá o que tem e não tem, mas depois é preciso cortar nos aumentos de pensões para dar às empresas” ou ainda que “não se pode aumentar o salário mínimo nacional”.

À alegação de que faltam medidas para as empresas, o ministro realçou que há “mais 4 mil milhões de euros para as empresas a fundo perdido”.

André Ventura, do Chega, afirmou não saber se este é um orçamento ‘vegan’, mas qualificou-o de “orçamento mais fraco da história do PS”, dado que, por exemplo, reduz as verbas para os municípios em tempos de combate à pandemia.

E concluiu que os partidos que vão abster-se fazem-no porque “têm medo de ir a eleições”.

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