Descarga de ETAR desactivada gera polémica - TVI

Descarga de ETAR desactivada gera polémica

Sociedade

O incidente poluiu uma linha de água na Marinha Grande e está a agitar os meios políticos locais

Uma descarga a partir de uma Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) já desactivada em Escoura, Marinha Grande, poluiu uma linha de água próxima, estando o caso a provocar polémica local, por ter sido de iniciativa da autarquia.

A descarga ocorreu no final do mês de Fevereiro e, poucos dias depois, o PSD local recolheu amostras de água para análise, tendo sido detectada «carência biológica de oxigénio» no limite permitido por Lei (40 mg/l) e 250 mg/l de «sólidos suspensos totais», o que ultrapassa o parâmetro legal de 60 mg/l.

Em comunicado, a Comissão Política Concelhia do PSD considera a descarga «um crime ambiental» e participou o caso à GNR. «Esperemos que os responsáveis não permaneçam anonimamente impunes dos seus actos ilegais e nefastos para as populações, tal como infelizmente tem acontecido frequentemente por parte do actual executivo da CDU», lê-se no documento citado pela agência Lusa.

Alberto Cascalho (CDU), presidente da Câmara da Marinha Grande, disse à Lusa que os tanques da ETAR foram «completamente esvaziados aquando da desactivação» da infra-estrutura.

Porém, com a «forte pluviosidade» registada entretanto, os tanques ficaram «quase a transbordar» e a autarquia concluiu que a água se apresentava «limpa, transparente e inodora, nada indicando que estivesse poluída», pelo que foi ordenada pelo vereador do Ambiente, Artur Oliveira (PSD), a abertura da parede de uma bacia de tratamento de água, levando ao esvaziamento do tanque para uma ribeira próxima.

O presidente da autarquia adiantou que quando foi alertado para a situação - de possível contaminação das águas - já o tanque se encontrava com a água das camadas mais profundas expostas.
Continue a ler esta notícia