Quercus acusa G8 de enterrarem a cabeça na areia - TVI

Quercus acusa G8 de enterrarem a cabeça na areia

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Ao assumirem metas de redução de emissões poluentes apenas para 2050, quando o deviam ter feito já para 2020

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A associação ambientalista Quercus acusou os países do G8 de enterrarem a cabeça na areia ao assumirem metas de redução de emissões poluentes apenas para 2050, quando o deviam ter feito já para 2020.

Os dirigentes dos países mais industrializados do mundo (G8) chegaram a acordo em Toyako, norte do Japão, sobre a necessidade de uma redução até 2050 de «pelo menos 50 por cento» das emissões mundiais de gases com efeito de estufa.

Numa declaração sobre as alterações climáticas, o G8 acordou também numa definição ulterior, país por país, de objectivos a médio prazo.

Para o dirigente da Quercus Francisco Ferreira, o importante teria sido estabelecer uma meta para a redução das emissões dentro de 12 anos, uma data que a Convenção da ONU para as Alterações Climáticas considera prioritária para inverter o problema do aquecimento do Planeta, causado pela emissão de gases com efeito de estufa, sobretudo pelo dióxido de carbono.

«Além de não assumirem uma meta de curto prazo, a meta de reduzir as emissões em metade em 2005 não é suficientemente ambiciosa», declarou à agência Lusa o responsável da Quercus e especialista em poluição e qualidade do ar.

Segundo os ambientalistas, a meta para 2050 deveria estar entre os 60 e os 80 por cento de redução de emissões de gases com efeito de estufa relativamente aos valores de 1990.

A cimeira do G8, que decorre no Japão, focou ainda as questões energéticas e a crise alimentar.

Sobre o problema energético, a Quercus considera que «nada de novo há no horizonte», sublinhando a necessidade de concretizar as energias renováveis e a questão da eficiência energética. «Estes são os investimentos a seguir e não o nuclear, que alguns países do G8 estão a ressuscitar», frisou Francisco Ferreira.
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