Automóvel: formação vai abranger 35% dos trabalhadores

O secretário-geral da Associação Automóvel de Portugal (ACAP) revelou esta quarta-feira que o Programa Qualificação no Emprego para apoiar o sector vai abranger 35 por cento dos trabalhadores e não 20% como o governo tinha anunciado inicialmente.

De acordo com a agência Lusa, Hélder Pedro referiu, depois da reunião periódica de balanço sobre o Plano de Apoio ao Sector Automóvel (PASA) com o ministério da Economia e da Inovação, que o Governo «foi ao encontro das nossas sugestões e alterou de 20 para 35% a percentagem de trabalhadores abrangidos no Programa Qualificação no Emprego para apoiar o sector automóvel».

Contudo, nem tudo foi ao encontro das pretensões da ACAP: «O Governo não adianta qualquer prazo para a implementação de medidas como o alargamento do plano de abates de veículos e a suspensão temporária do imposto sobre a circulação.»

A situação é tanto mais «lamentável», acrescentou, quanto «essas medidas estão incluídas no PASA e toda a Europa está a tomá-las para dinamizar a procura».

Cada vez mais empresas aderem a plano

Para o presidente da AFIA, Pedro Valente de Almeida, «a reunião correu bem» e «há uma clara evolução e sobretudo cada vez mais empresas a aderir ao plano».

«Espero que adiram ainda mais empresas. Penso que neste momento, o fundamental é haver um outro tipo de trabalho, nomeadamente o aumento do volume de incorporação nacional e da visibilidade do sector português no estrangeiro. Esta é uma altura execpcional para o fazer e para surgirem novos fornecedores, uma vez que há um grande número de concorrentes [no estrangeiro] que já faliram», defendeu Pedro Valente de Almeida.

O contrato estabelecido entre o sector automóvel e o Governo foi assinado em Dezembro e previa apoios ao sector e um programa de formação para trabalhadores seleccionados, tendo como contrapartida a garantia das empresas que os trabalhadores com contrato permanente não seriam dispensados até 2010.

Este programa de formação profissional no sector automóvel é o primeiro de quatro eixos definidos no plano de apoio ao sector automóvel, orçado em 900 milhões de euros.