Mais de 200 empresas já recorreram às linhas de crédito - TVI

Mais de 200 empresas já recorreram às linhas de crédito

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Menos custos e mais segurança para quem investe

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Mais de 200 empresas já recorrem às linhas de crédito protocoladas pelo Governo açoriano para enfrentar a crise económica, instrumento financeiro que totaliza 200 milhões de euros, anunciou esta quarta-feira o presidente do Executivo regional.

«O total das linhas de crédito protocoladas pelo Governo Regional atingem os 200 milhões de euros e já abrangem mais de 200 empresas nos Açores», anunciou o presidente do Governo Regional, acrescentando que deste montante já foram utilizados 30 milhões de euros, avançou a Lusa.

Hoje na assinatura de um protocolo entre o Governo açoriano e nove instituições de crédito destinado a apoiar os projectos de investimentos realizados no sector agrícola, Carlos César afirmou que as linhas crédito visam «estimular a cumplicidade/pacto» entre todos os intervenientes para minimizar os «efeitos mais perversos» da crise económica no arquipélago.

«Este protocolo é mais uma componente do esforço que o Governo (açoriano) está a empreender para assegurar a normalidade da economia e a manutenção das empresas», frisou Carlos César, apelando à banca para continuar a ter em conta a «fragilidade das empresas açorianas», o que deverá «determinar uma relação especial com os clientes».

Segundo o chefe do Executivo, nem as linhas de crédito devem ser instrumentos facilitadores dos incumpridores, nem a banca deve ter uma postura de rigidez com os seus clientes.

«Esperamos que as instituições financeiras acautelem a condição de se ser empresário cumpridor», disse Carlos César, para quem é essencial existir cumplicidade entre todos perante a actual fase da vida económica e empresarial.

Além da criação de um fundo de maneio até 25 mil euros por exploração, o governante anunciou que «será publicado brevemente» o diploma que cria o sistema de compensação financeira dos encargos com financiamentos bancários para reduzir os impactos negativos da subida das taxas de juro entre Janeiro de 2006 e Outubro de 2008.

O presidente da Federação Agrícola, Jorge Rita, disse que as medidas anunciadas e o protocolo hoje assinado são «uma correcção muito positiva para a produção», porque significa «menos custos para investir e mais segurança para os lavradores».

Jorge Rita também apelou a uma maior sensibilização e solidariedade por parte da banca, argumentando que a melhoria das infra-estruturas agrícolas continuam a ser uma área prioritária de investimento.

Nos Açores existem cerca de 12 mil explorações agrícolas e quatro mil explorações leiteiras, indicou.
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