O Programa de Estabilidade e Crescimento divulgado pelo Governo é, aos olhos do actual Governador do Banco de Portugal (BdP), um plano bem elaborado e que está no caminho certo para equilibrar as contas públicas nacionais.
No entanto, Constâncio diz que «o Governo tem que estar preparado para tomar medidas adicionais, caso a Comissão Europeia o exija».
Veja aqui as declarações exclusivas de Constâncio
«O tipo de medidas divulgadas vão na direcção certa para Portugal reduzir o défice e são importantes para a expansão da economia portuguesa», disse Vítor Constâncio esta tarde em declarações exclusivas à Agência Financeira e à «TVI».
O responsável elogia «as medidas de controlo da despesa, as medidas de despesa de investimento, bem como os efeitos fiscais», salientando que, «a colecta dos impostos é que vai ter efeitos significativos».
«Como qualquer outro, este plano vai ser sujeito a revisões e o importante é que haja vontade para cumprir o programa», salienta, sublinhando que pode ser «necessário tomar medidas adicionais».
Comportamento dos mercados é imprevisível
«Quanto às agências de rating nunca se sabe», diz Constâncio em tom de incerteza. Uma das condições com que Portugal conta é que «dispõe de credibilidade nesta matéria pois não está sob suspeita de não ter estatísticas que não reflictam a realidade», tal como aconteceu na Grécia que deturpou as contas do país.
Vieira da Silva: PEC pode convencer agências de «rating»
«Nos próximos tempos vamos assistir a um cenário macroeconómico prudente e marcado por incertezas». «Neste momento de recuperação tudo pode acontecer, não estamos perante um cenário previsível», alerta.
O ainda Governador do BdP reitera a ideia de que as medidas «vão na direcção certa e há disposição para cumprir os objectivos».
Constâncio: PEC pode não ser suficiente
- Lara C. Fernandes
- 9 mar 2010, 18:40
Governador do Banco de Portugal diz que o programa vai no caminho certo. No entanto, país precisa de estar preparado para «medidas adicionais»
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