Alta de Lisboa investe 5 milhões para «resolver» reclamações

A Sociedade Gestora da Alta de Lisboa (SGAL) vai investir 5 milhões de euros para «resolver» as reclamações dos já residentes neste projecto urbanístico, nos próximos 18 meses.

De acordo com o presidente da comissão executiva da SGAL, Amílcar Martins, foram feitas ao todo cerca de 2.600 queixas nos últimos anos. As principais reclamações, segundo o mesmo, dizem respeito às zonas comuns e à melhoria global do serviço. Neste momento o projecto conta com 32 mil moradores mas o objectivo é atingir os 60 mil.

«Estamos a executar várias acções com vista a satisfazer as vertentes menos assistidas nos últimos anos. O objectivo é satisfazer todas as reclamações», referiu o responsável durante a apresentação da estratégia do projecto para o triénio 2008-2010.

Equipamentos repensados

Os equipamentos que foram desenhados para o projecto urbanístico estão actualmente a serem repensados, uma vez que, de acordo com Amílcar Martins, o plano foi desenhado há 20 anos e «previa uma rede de equipamentos que hoje se mostra desadequada», acrescentando ainda que «há necessidade de fazer um levantamento dos equipamentos previstos e proceder a uma reformulação da rede ou da forma como deverão ser geridos».

Para isso, a SGAL está em negociações com a Câmara Municipal de Lisboa para a promotora do projecto apresentar novas soluções. «Temos de ter um modelo de exploração, gestão e manutenção adequado porque os investimentos são elevados e se o acompanhamento não for o mais adequado, assistiremos a uma progressiva degradação dos equipamentos», salientou o responsável.

A Alta de Lisboa, projecto desenvolvido em parceria entre a Câmara Municipal de Lisboa e a SGAL, conta com 300 hectares de urbanização e prevê ainda o desenvolvimento de comércio, serviços, equipamentos socais e de lazer, estando também incluído 70 hectares de zonas verdes.