A chanceler alemã, Angela Merkel, defendeu esta terça-feira a prorrogação por mais um ano, até finais de 2010, do regime excepcional de trabalho parcial para atenuar o impacto da crise económica no desemprego.
O objectivo é evitar os «lay-offs», através da redução do número de horas trabalhadas, uma medida já defendida pelo ministro da Economia.
«Temos de contar com o facto de o desemprego ir aumentar um pouco», justificou Rainer Bruederle.
O recurso ao regime de trabalho parcial, logo que a crise económica se agravou, permitiu evitar que haja mais meio milhão de desempregados na Alemanha, de acordo com cálculos de especialistas avançados pela Lusa.
No entanto, o governo da maior economia da Europa, que continua a lutar contra os efeitos da crise, considera que este regime deve ter limites bem definidos.
Por isso, Merkel reiterou que os prazos dos subsídios ao trabalho parcial sejam reduzidos de 24 para 18 meses, uma proposta do ministro do trabalho alemão, Franz-Josef Jung, avança a Lusa.
A prorrogação dos subsídios, que permitem a um trabalhador continuar a receber até 67% do seu salário líquido, mesmo que a empresa não esteja a laborar, deverá ser decidida pelo governo na próxima semana.
De acordo com as contas oficiais, entre Abril e Junho deste ano, havia na Alemanha 1,4 milhões de trabalhadores em regime de trabalho parcial.
Merkel: regime de trabalho parcial protege do desemprego
- Redação
- RL
- 24 nov 2009, 15:29
Trabalhadores recebem 67% do salário, apesar da empresa não estar em plena actividade
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