EDP: parceria com Sonangol é 1º passo de longa viagem

Para o presidente executivo da EDP, a parceria feita com a Sonangol, entre outros parceiros, para a produção de energia em Angola é um «primeiro passo de uma longa viagem».

«O primeiro passo foi esta capacidade de encontrar parceiros para estudar em conjunto projectos, em que tipicamente somos minoritários, mas em que queremos trazer de um conhecimento longo», afirmou António Mexia, na conferência de imprensa para apresentação de resultados.

Lucro da EDP cai 32% para 479 milhões

O responsável sublinhou que a EDP está no mercado angolano há dez anos e que é um mercado que «conhece muito bem», mas garantiu que os projectos que poderão surgir desta parceria não vão colocar em causa o nível de risco da empresa, nem implicará mudanças no plano de investimentos programado até 2012.

Recorde-se que a eléctrica portuguesa tem um plano de investimento de 3 mil milhões de euros por ano até 2012.

Além disso, uma das políticas bandeira da liderança de António Mexia na EDP tem sido um nível «baixo» de risco.

«A política de risco da companhia compensa e é particularmente adequada a cenários de descida da procura», referiu o responsável a propósito dos resultados alcançados no primeiro semestre do ano. Mexia lembrou que a procura por energia recuou 3,1% em Portugal, 6,9% em Espanha e a quebra foi ainda superior ainda no mercado brasileiro.

«Foi com esse cenário que se conviveu no primeiro semestre. (Mas já) há sinais de recuperação em Junho e Julho nos três mercados».

Como contributo dos lucros alcançados este último semestre, o presidente da eléctrica realçou ainda a prioridade dada à eficiência, através de uma «redução de custos adequada a momentos de maior exigência» (taxa do custo da dívida desceu de 5,6% para 4,2%). Por outro lado, também a diversificação de negócios, com mais mercados e tecnologias, terá acrescentado valor à empresa.

As acções da EDP fecharam a valorizar 0,07% para os 2,79 euros.