A Associação dos Operadores de Telecomunicações (Apritel) teme que o investimento em Redes de Nova Geração (RNG) acentue o fosso entre zonas litorais e interiores, no que diz respeito a infra-estruturas e velocidades de banda larga que estarão à disposição dos consumidores.
«Há bastante trabalho a fazer. Temos de garantir que os investimentos em Redes de Nova Geração sejam feitos de forma a não acentuar esse fosso», disse aos jornalistas o novo presidente da associação, João Couto, da Vodafone.
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A Apritel, que reúne representantes das maiores empresas do sector, vai continuar a debruçar-se sobre o tema no próximo biénio, sendo que as RNG são a prioridade em matéria de acção.
«O investimento é extremamente elevado e têm de se ter cautelas», acrescentou João Couto, que pediu ainda «que o processo seja agilizado» em nome de uma «maior coesão digital».
Entre as novidades na nova equipa da Apritel, está o facto da Zon e da Portugal Telecom (PT) passarem a fazer parte da direcção, quando antes eram apenas observadores. No caso da PT, é um regresso após quatro anos de ausência.
Competitividade apesar das rivalidades
A nova direcção conta ainda com Paulo Neves como vice-presidente, da Oni Communications, e as presenças de Manuel Gonçalves (AR Telecom), Paulo Valente (Cabovisão), Pedro Leitão (PT Comunicações), Filipe Carvalho (Sonaecom) e José Pereira da Costa (Zon).
Com esta nova equipa, a Apritel espera, segundo disse João Couto, alargar a sua abrangência e «pesem as rivalidades competitivas saudáveis entre operadores, propomo-nos mobilizar todos para fazer do sector das telecomunicações um pilar importante de competividade».
A Apritel conta fazer investimentos de 128 mil euros por ano. No âmbito das suas áreas de acção estarão ainda questões como o acesso às infra-estruturas e conteúdos, o serviço universal, o espectro radioeléctrico ou a portabilidade.
Redes de Nova Geração: operadores temem fosso
- Rui Pedro Vieira
- 2 mar 2009, 18:39
Nova equipa da Apritel diz que «há muito trabalho a fazer»
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