Trabalhadores da Opel suspendem luta e negoceiam - TVI

Trabalhadores da Opel suspendem luta e negoceiam

Opel ameaça encerrar fábrica da Azambuja

Os trabalhadores da fábrica da Opel na Azambuja, que estiveram em greve quinta-feira, decidiram suspender novas formas de luta e retomar as negociações com a administração. Em causa está um diferendo entre a administração e o pessoal sobre os aumentos salariais e novas orientações sobre flexibilidade no trabalho.

"A administração convocou-nos e, apesar de não ter alterado a proposta, achamos que há vontade de negociar e, por isso, suspendemos as formas de luta", disse Paulo Vicente, porta-voz da comissão de trabalhadores, citado pelo Diário de Noticias.

A greve da semana passada paralisou a linha de produção e, segundo a administração, provocou a perda de 320 automóveis. A comissão de trabalhadores justificou a paralisação com a "atitude anti-negocial da administração".

Os trabalhadores reivindicam um aumento de 75 euros no salário mensal, enquanto a administração propõe uma actualização de 2%, correspondente ao valor da inflação. Paulo Vicente alega que "a administração pretende condicionar as questões salariais às da flexibilidade, quando os trabalhadores se predispõem a falar destas após as negociações salariais".

O porta-voz da Opel, Miguel Tomé, explicou que a proposta da empresa é indexar o aumento ao valor esperado da inflação, com o compromisso de fazer pagamentos retroactivos caso a inflação no final do ano fique acima da prevista.
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