Caso BPN: «É megafraude» - TVI

Caso BPN: «É megafraude»

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Administrador Rui Pedras diz que polémicas na instituição «são caso de polícia»

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O administrador do BPN Rui Pedras considerou que no caso do BPN se está «perante uma megafraude» e que «é um caso de polícia, claramente», em que outras entidades, que não apenas os supervisores, deveriam ter tido outra actuação.



«Há um conjunto de entidades que não viram esta fraude, ou se viram não deram sinal. Penso que não devemos deixar passar isto em claro», acrescentou Rui Pedras, citado pela agência Lusa, referindo que «no grupo Sociedade Lusa de Negócios (SLN) havia um ambiente muito propício a cometer estes crimes».

O responsável defendeu também que o Banco de Portugal deveria ter nomeado um administrador para o banco quando, a 2 de Junho de 2008, a administração de Abdool Vakil admitiu que tinha um banco, o Banco Insular, cujas contas eram confusas.

Banco de Portugal devia ter sido mais duro

Questionado na comissão de inquérito parlamentar sobre a nacionalização do BPN sobre a actuação do supervisor, Rui Pedras, que entrou para administrador do BPN com Miguel Cadilhe, respondeu que a actuação do Banco de Portugal deveria ter sido mais dura.

«Há um momento, foi quando [o Banco de Portugal] recebeu uma carta da administração da SLN a 2 de Junho de 2008 a reconhecer que tinham um banco que era do grupo, com coisa pouca 600 milhões de activos e passivos. E a SLN diz nessa altura que não faz ideia de que como estão contabilizados [esses valores]», contou Rui Pedras.

«A administração confessa uma coisa grave como esta e aqui não sei se o BdP não deveria ter actuado de forma mais dura, nomeando um administrador para o Banco BPN», disse o administrador.

«O sistema de supervisão do grupo SLN/BPN não é só o Banco de Portugal, a CMVM, o Instituto de Seguros. Estamos a falar dos Revisores Oficiais de Contas, dos auditores externos, dos accionistas, dos vários orgãos do grupo, do conselho fiscal, conselho superior, conselho de administração», sublinhou.
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