O departamento do Tesouro americano anunciou esta segunda-feira novas modalidades de recapitalização dos bancos pelo Estado, que abrem a porta a uma nova nacionalização.
Com o novo modelo, o Estado poderá converter a sua participação em acções com direitos de voto, avança a Lusa.
Esta modalidade, que define como o Tesouro vai daqui para a frente aplicar o plano de estabilidade financeiro votado pelo Congresso em Outubro, passa a vigorar a partir de quarta-feira.
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A primeira etapa consistirá em avaliar «as necessidades em capitais dos grandes estabelecimentos bancários americanos (...) num contexto económico mais difícil», segundo o departamento do Tesouro.
Para os bancos que precisam de capital, e se a oferta privada não chegar, as finanças públicas serão postas à contribuição, explicou o Tesouro.
«O capital do Estado será sob a forma de acções preferenciais obrigatoriamente convertíveis, que seriam convertidas em acções ordinárias somente se necessário com o tempo para manter os bancos numa posição bem capitalizada», acrescentou o departamento do Tesouro.
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Até agora, o Estado tinha-se contentado com acções preferenciais sem nenhum direito de voto.
Esta nova política poderia levar o Estado a tornar-se accionista de referência dos bancos mais em dificuldades, nas quais o privado já não quer investir.
Domingo à noite, o Wall Street Journal indicou que para o Citigroup, as autoridades norte-americanas encaravam uma privatização parcial, no termo da qual deteria de 25 a 40 por cento do capital.
EUA anunciam novo modelo de recapitalização dos bancos
- Redação
- SPP
- 23 fev 2009, 16:26
Estado pode converter a sua participação em acções com direitos de voto
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