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EUA: Tesouro aperta regras para bancos

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País quer melhor regulação do sistema financeiro

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O Tesouro norte-americano apresentou esta quinta-feira o projecto de reforma da regulação do sistema financeiro, prevendo reforçar as normas existentes e submeter ao controlo das autoridades um grande número de empresas que até agora lhe escapavam.

De acordo com a Lusa, esta reforma deve estar «completa» para evitar que se repitam os «erros» do passado que levaram à crise actual, declarou o secretário do Tesouro norte-americano, Timothy Geithner, ao apresentar o projecto na Comissão dos Serviços Financeiros da Câmara dos Representantes.

O plano apresentado por Geithner prevê a criação de uma «entidade única» para fiscalizar as maiores sociedades financeiras, cujo fracasso pode ter repercussões no mundo inteiro.

Rácios próprios mais rigorosos

O Tesouro pretende também tornar mais rigorosos os rácios de fundos próprios (proporção de fundos próprios em relação aos compromissos financeiros) e as exigências relativas ao controlo do risco destas sociedades.

Os fundos de investimento de risco («hedge funds») devem ser declarados junto das autoridades bolseiras e comunicados nas suas contas, numa base confidencial.

Geithner propõe ao Congresso que o governo regule o mercado dos produtos derivados do crédito, como os contratos que seguram os investidores contra a falha de um emissor, que estiveram na origem da insolvência da seguradora AIG.

Pretende ainda enquadrar melhor o funcionamento dos fundos monetários de modo a «reduzir o risco de retiradas rápidas» dos investidores «que podem colocar riscos acrescidos» ao conjunto do mercado financeiro.

Defendendo um reforço da cooperação internacional para harmonizar a regulação financeira, Geithner anunciou que o presidente Barack Obama apresentará na cimeira do G20, a 02 de Abril em Londres, uma iniciativa contra o branqueamento e os paraísos fiscais.

Criado em 1999, o G20 integra os sete países mais industrializados do mundo (Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, França, Itália, Japão, Alemanha), as economias emergentes (Argentina, Austrália, Brasil, China, Índia, Indonésia, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul, Turquia) e a União Europeia.

O G20 representa 85 por cento da economia mundial e cerca de dois terços da população.
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