Teixeira Duarte vai continuar negociações no BCP depois de AG - TVI

Teixeira Duarte vai continuar negociações no BCP depois de AG

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A Teixeira Duarte vai continuar a negociar com outros accionistas institucionais do BCP uma solução para a crise de governação do banco depois da assembleia-geral de 27 de Agosto.

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A construtora pretende ainda uma nova reunião «clarificadora» ainda este ano, avança a «Lusa».

Fonte ligada ao processo de contactos desenvolvido pela construtora disse à agência que as negociações com outros accionistas institucionais do banco continuam, mas que, a apenas 7 dias da reunião de accionistas, «há poucas expectativas de que a assembleia geral do dia 27 seja decisiva».

Não havendo consenso entre os maiores accionistas do banco para a alteração do modelo de governação, que requer a aprovação por dois terços do capital presente, a reunião agendada para o edifício da Alfândega, no Porto, ficará, assim, reduzida à aprovação ou não do alargamento do número de membros do conselho geral e de supervisão.

A mesma fonte ligada à Teixeira Duarte disse que, se as negociações que ainda continuam para a apresentação de uma lista consensual fracassarem, a construtora pretende avançar com a apresentação de uma lista de sua iniciativa ao conselho geral e de supervisão.

«É muito provável que, no próprio dia (da assembleia geral), se apresente uma lista (própria)», afirmou.

Alargamento é um dos pontos da AG

O alargamento do conselho geral e de supervisão era um dos pontos da ordem de trabalhos da assembleia-geral extraordinária de 6 de Agosto, que foi suspensa até 27 de Agosto, devido a um problema informático que impossibilitava a contagem de votos.

O ponto 7 da ordem de trabalhos prevê o alargamento do número de representantes do órgão de fiscalização (conselho geral de supervisão) do banco, e só será votado caso o ponto 1 - proposta de alteração de estatutos assente na mudança do modelo de governação - não for aprovado.

A proposta de alargamento é assinada por Bernardo Moniz da Maia, Manuel Fino, Joe Berardo, Vasco Pessanha, Filipe de Botton e Diogo Vaz Guedes e inclui uma lista com 13 novos nomes para este órgão, sendo propostos António de Sousa e Alberto de Castro como vice-presidentes e nomes como os de António Mexia e Diogo Vaz Guedes como vogais.

Desta forma, os contactos para encontrar uma solução mais duradoura para a governação do banco vão continuar depois da assembleia geral de 27 de Agosto, desejando a Teixeira Duarte que haja uma nova reunião magna de accionistas, que seja «clarificadora» e se realize ainda este ano.

As acções do BCP fecharam a subir 0,28% para os 3,53 euros.
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