Clientes do BPP vão apelar a Cavaco - TVI

Clientes do BPP vão apelar a Cavaco

BPP: Buscas vão continuar nos próximos dias

Querem ter acesso às contas de 2008

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Os clientes do Banco Privado Português (BPP) vão apelar ao Presidente da República para que exerça «influência», no sentido de lhes ser disponibilizada «toda a informação necessária à melhor definição dos direitos» dos envolvidos no caso.

No texto do abaixo-assinado, cuja data de envio para Cavaco Silva ainda não foi anunciada, os clientes do BPP «apelam à magistrada influência» e «uso politico dos atributos simbólicos do cargo» do Presidente da República, para que Governo, Banco de Portugal, BPP e «demais instituições» lhes a informação pedida.

«O Governo Português viola a sua obrigação legal ao recusar-se a dar publicidade ao contrato que celebrou com o Banco Privado Português», afirmam os clientes no abaixo-assinado, expressando a sua «indignação pela forma como a República Portuguesa tem actuado perante o sistema financeiro nacional».

«Volvidos que estão mais de três meses desde a intervenção do Governo Português no Banco Privado Português, os portugueses continuam sem saber que responsabilidades a República, neste caso, assumiu», dizem os clientes.

No abaixo-assinado, os clientes questionam o paradeiro do balanço de 24 de Novembro de 2008, afirmando que têm «o direito de ter acesso às contas do ano de 2008 do BPP, devidamente auditadas e certificadas por um revisor oficial de contas, o acesso à auditoria da empresa Deloitte realizada a pedido do Banco de Portugal ao BPP».

Os clientes exigem ainda serem informados «sobre todos os fluxos de fundos efectuados pelo BPP e por sociedades com as quais o BPP tem um relação directa ou indirecta, nomeadamente sociedades offshore, desde o inicio do 2º semestre do ano de 2008 até à presente data» e sobre as características dos «Fundos de Investimento» constituídos, detidos e geridos pelo BPP.

«O silêncio e a falta de transparência do Governo Português, nesta matéria, bem como do Banco de Portugal, fragilizam as instituições, originam a suspeita, e, assim, fragilizam a própria democracia e o debate político», acrescentam os clientes.

Os clientes afirmam-se ainda «enganados, burlados, defraudados» e que enfrentam «a perda de parte do seu dinheiro».
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