BPP promete contactar clientes na próxima semana

O Banco Privado Português garantiu esta quarta-feira que irá entrar em contacto com os clientes para apresentar as soluções para os seus clientes e, a nova administração da instituição financeira, promete mesmo «iniciar um novo ciclo, assente numa relação de confiança».

«A actual situação de gestão do BPP neste momento nada tem a ver, em nenhum aspecto, com a anterior, (¿) é esta administração a melhor aliada dos clientes na defesa dos seus interesses e na busca de uma solução efectiva para os seus problemas», revela o banco em comunicado.

Esta é a resposta do BPP à decisão do Banco de Portugal que permite à instituição financeira congelar as contas dos clientes por mais 45 dias e, depois de ter considerado que o plano de recuperação avançado pelo Banco Privado Português tem de ser completado com novos elementos.

Contas do BPP congeladas por mais 45 dias

«BPP tem de assumir responsabilidades»

BPP: Governo assegura depósitos, mas não investimentos

Objectivos atingidos

A nova administração recorda ainda que foi nomeada pelo Banco de Portugal com três objectivos principais: avaliar a situação real do banco e comunicá-la ao regulador, alterar procedimentos e regularizar o que tivesse de ser regularizado e propor uma solução para o problema dos clientes com produtos com garantia de capital.

«Todos os objectivos foram já atingidos. É certo que o último dos principais objectivos, a resolução dos problemas dos clientes, não teve a resposta que esperávamos, mas a administração do BPP fez o que lhe competia: apresentou várias possibilidades de solução, com envolvimentos diferentes, mas sempre com o objectivo de proteger o melhor possível os legítimos interesses dos clientes», acrescenta o mesmo documento.

Aumento de capital: outra alternativa

Os responsáveis relembram ainda que outra das hipóteses que se mantém em cima da mesa é o aumento de capital da instituição financeira «para devolver o equilíbrio ao banco».

Em relação a anterior administração, o BPP diz que «não tem de se pronunciar publicamente, estando a mesma a ser averiguada nos termos e momentos próprios pelas autoridades competentes, sendo do conhecimento público as consequências dessa averiguação».