Espírito Santo Hotéis investe 144 milhões até 2011

A Espírito Santo Hotéis vai investir 144 milhões de euros nos próximos cinco anos na renovação e implementação dos projectos hoteleiros da marca em Portugal e no Brasil.

Deste montante, 57 milhões de euros destinam-se ao novo Tivoli Victoria, a abrir em Vilamoura no próximo ano, 52,5 milhões de euros à renovação dos hotéis já existentes em Portugal e cerca de 20 milhões de euros à renovação das unidades hoteleiras no Brasil, em particular da Praia do Forte e São Paulo (que vai abrir em 2009).

«Decidimos fazer uma renovação profunda nas nossas unidades. Queremos surpreender, mas temos de o fazer segundo o racional económico», disse esta quarta-feira o administrador da Espírito Santo Hotéis, Miguel Rugeroni, em conferência de imprensa.

Já em matéria de facturação, a Espírito Santo Hotéis conta encerrar o ano com 91,6 milhões de euros, face aos 85,7 milhões registados em 2006. No entanto, até 2011, o grupo prevê um crescimento de 85% para os 158,9 milhões de euros.

Parceria no Brasil atenta a Natal, Recife e Fortaleza

Aos valores apresentados não é alheia a parceria que o grupo fez com a empresa Invest Tur, no valor de 37 milhões de euros, que envolve uma participação de 10% no capital desta empresa brasileira.

O objectivo passa por criar sinergias, mas a Espírito Santo Hotéis descarta qualquer exclusividade nos negócios daquele país: «A Invest Tur tem um projecto semelhante ao nosso, tem competências na zona e experiência na construção», sintetizou Miguel Rugeroni.

Além do anunciado reforço no hotel da Praia do Forte e do lançamento em São Paulo, o grupo português está a estudar novos projectos em Natal, Alagoas, Recife e Fortaleza, com a possível aquisição de terrenos entre os 300 e 600 hectares.

«Rebranding»: Trocar as estrelas por experiências

Do investimento estimado até 2011, a Espírito Santos Hotéis vai canalizar 2,5 milhões de euros numa operação de «rebranding». A aposta está em trocar, em termos de comunicação, o posicionamento das quatro ou cinco estrelas, por categorias em função de experiências. Entre as oito previstas, está a Pure Experience (para espaços de «relax»), Timeless Experience (para hotéis ligados a História e Cultura) ou Royal Experience (para o segmento de luxo).

«A estrutura da marca passará por dar mais relevo ao nome Tivoli. Este novo conceito de experiência vai mexer com a cultura da empresa. Todo este processo vai implicar ainda um investimento em formação interna», sublinhou o administrador do grupo. De acordo com os cálculos da marca, será de cerca de 2 milhões de euros.