Rebocadores desistem de paragem na assistência em viagem - TVI

Rebocadores desistem de paragem na assistência em viagem

  • Rui Pedro Vieira
  • 4 jul 2008, 15:31
Manifestação dos rebocadores

Sector continua insatisfeito e aguarda melhores condições

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Os rebocadores decidiram que vão continuar a prestar serviços para empresas de assistência em viagem, depois de terem colocado em cima da mesa a possibilidade de uma paralisação como forma de protesto à escalada do preço dos combustíveis.

Esta foi uma das conclusões do encontro promovido pela Associação Nacional do Ramo Automóvel (ARAN), que teve lugar esta quinta-feira.

A manutenção da actividade está assegurada até 31 de Dezembro.

«Efectivamente, as tabelas não satisfazem, mas a sensatez destes profissionais impede-os de prejudicarem os portugueses que começam as suas férias», avança a ARAN em comunicado.

O sector não desiste de encontrar melhores condições de trabalho, nomeadamente ao nível de rentabilidade. No final do mês passado, em declarações à Agência Financeira, o porta-voz da ARAN, Bernardo Ferreira da Silva lembrou que o número de empresas de rebocadores com problemas financeiros e em situação de falência disparou nos primeiros meses deste ano e a tendência deve aumentar, caso não existam respostas e mudanças.

À espera do Governo

O porta-voz da associação que congrega 60 por cento dos rebocadores disse igualmente que os custos com o combustível por parte deste ramo de actividade já representam quase metade dos custos totais de exploração das empresas.

Os rebocadores estão a ser pagos a 0,37 euros por quilómetro, um valor muito abaixo do indicado para que o ramo adquira a estabilidade financeira: estimado em 0,99 euros por quilómetro.

A classe continua a aguardar por parte do Governo «a resposta positiva a várias questões levantadas, nomeadamente que sejam considerados como serviço de utilidade pública, permitindo-lhes a utilização dos corredores bus e faixas laterais das auto-estradas, quando vão efectuar a remoção de viaturas acidentadas ou avariadas, bem como negociar anualmente através do Estado, as tarifas dos seus serviços», diz a ARAN.

Para já, os rebocadores querem continuar a reunir-se regularmente.
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