Bancos têm vindo a criar crédito à habitação à «prova de fisco» - TVI

Bancos têm vindo a criar crédito à habitação à «prova de fisco»

Casa

O fisco vai ter uma tarefa difícil, quase impossível, na investigação a desencadear junto dos contribuintes que pediram dois empréstimos para comprar casa.

O objectivo consiste em provar que os dois créditos (um para aquisição e outro para obras) serviram ambos para pagar a compra da casa, com o contribuinte a declarar apenas o valor do primeiro para fins de Imposto Municipal sobre Transmissões (IMT, a ex-sisa), lembra o Diário de Notícias (DN).

Actualmente, no entanto, a grande maioria dos portugueses que recorrem ao «desdobramento» do seu crédito à habitação em dois empréstimos já não utiliza o recurso ao crédito para obras, que carece de ser justificado com prova documental (projecto, orçamento,etc.) de que a obra foi efectivamente executada.

Quase todos os bancos «deram a volta» à questão e colocaram à disposição dos seus clientes outro tipo de empréstimos, concedidos igualmente ao abrigo de uma garantia real, ou seja, a hipoteca da casa, como apurou o DN junto de fontes bancárias.

Basta tomar como exemplo os dois principais bancos portugueses - os mais activos na concessão de crédito à habitação -, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o Millennium bcp. No caso do banco público, os seus clientes recorrem normalmente ao pedido de um segundo empréstimo, designado Multiopções, que, como o nome indica, pode ser utilizado para diversos fins, que não necessitam de ser justificados perante o banco. No que respeita ao Millennium bcp, o produto disponibilizado para o mesmo fim chama-se Credinvest.

A banca, com efeito, tem vindo a adaptar a sua oferta de crédito às diferentes necessidades dos seus clientes, criando vários tipos de empréstimos, que vão desde os créditos com garantia real ao crédito pessoal.
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