Lucros da Cimpor caem 14% para 57,6 milhões - TVI

Lucros da Cimpor caem 14% para 57,6 milhões

Cimpor

(Notícia actualizada com mais pormenores)

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A Cimpor obteve um resultado líquido de 57,6 milhões de euros no primeiro trimestre, o que representa um decréscimo de 14 por cento face ao período homólogo, anunciou a empresa em comunicado.

Segundo a empresa, «a queda do consumo de cimento no mercado português e, sobretudo, a acentuada deterioração da conjuntura económica espanhola, caracterizada por uma forte inversão da tendência de crescimento evidenciada pelo sector da construção nos últimos anos, associadas ao aumento continuado do custo dos combustíveis, prejudicaram seriamente o cash flow operacional do Grupo nestes primeiros três meses de 2008».

Aliás, só em Portugal e Espanha, o decréscimo deste indicador ultrapassou, em termos homólogos, os 17 milhões de euros, acusando uma redução superior a 20%.

Ainda assim, acrescenta a cimenteira, e apesar da importância relativa destes dois países¿responsáveis, no seu conjunto, por cerca de 50% do EBITDA do Grupo, este último não diminuiu mais do que 6,5 milhões de euros (4,7%), «fruto de importantes melhorias alcançadas noutras Áreas de Negócios», dizem.

Outros mercados compensam EBITDA

Foram os casos de Marrocos, Egipto e Brasil, onde o cash flow operacional

registou variações positivas de 45,6%, 39,7% e 22,1%, respectivamente. Na África do Sul, a redução do EBITDA em perto de 11% ficou a dever-se exclusivamente à forte depreciação da moeda local em relação ao euro, já que, a câmbio constante, o mesmo teria aumentado cerca de 6%.

Por sua vez, o volume de negócios, em termos consolidados, ascendeu a cerca de 465 milhões de euros, mais 41,8 milhões (9,9%) que no período homólogo do ano anterior, com as operações adquiridas na Turquia e China a contribuírem para este acréscimo com um valor aproximado de 26,5 milhões de euros.

À excepção de Espanha (com uma variação negativa de quase 22%) e, em muito menor medida, de Portugal e Tunísia (com ligeiras reduções, da ordem dos 2%), todas as restantes Áreas de Negócios registaram aumentos

significativos deste indicador, com particular destaque para Cabo Verde (mais 70,7%), Egipto (mais 37,1%), e Brasil (mais 26,5%).

Os resultados financeiros, negativos em pouco mais de 12 milhões de euros, «acusaram um decréscimo de somente 1,7 milhões de euros, apesar da subida das taxas de juro de mercado e, sobretudo, do incremento (próximo dos 40%, em termos de saldo médio trimestral) da dívida financeira líquida», referem ainda.
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