Viagens de táxi mais caras do que deviam - TVI

Viagens de táxi mais caras do que deviam

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Recusar o recibo é uma das situações mais frequentes

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Cerca de 20 por cento das viagens de táxi saem mais caras aos portugueses do que aquilo que deviam. Esta é uma das conclusões de um estudo que a Deco Proteste levou a cabo junto dos taxistas para avaliar o serviço prestado.

Taxistas sujeitos a «casting»

Dados do estudo mostram que entre 600 viagens no país, cometeram-se irregularidades que aumentaram o preço em 120 e não se recebeu o recibo em 22. Note-se que os taxímetros ainda não foram introduzidos nos Açores e as viagens ao quilómetro continuam a ser a forma de pagamento.

Percursos mais longos e aplicação incorrecta do tarifário

Contudo, segundo a coordenadora do estudo, Fátima Martins, «o serviço melhorou nos últimos anos, sobretudo devido à introdução do taxímetro no Continente e no arquipélago da Madeira». Apesar destas melhorias, a responsável alerta que «ainda persistem problemas graves como percursos longos, aplicação incorrecta de suplementos e de regras tarifárias e valores superiores aos indicados no taxímetro».

Táxis aumentam 3%

Assim, «muitas vezes os clientes não sabem e pagam o valor indicado», refere, adiantado que «há casos claros de aproveitamento».

Ainda assim, Fátima Martins diz que «uma das situações mais graves tem a ver com a não emissão do recibo», salientado que esta é uma «obrigação do prestador de serviços».

Neste contexto, o responsável da Associação Nacional dos Transportadores em Automóveis Ligeiros (ANTRAM), Francisco Pereira, disse à Agência Financeira que «como em todos os lados, há bons e maus profissionais e que o estudo da Deco não pode generalizar e dizer que em 600 trabalhadores existe desonestidade.

Em relação às queixas, Francisco Pereira diz ser necessário distinguir as situações, admite que há casos de aproveitamento, mas afirma que dá seguimento para as entidades oficiais às queixas apresentadas pelos clientes. «Dou-lhes o tratamento que devo dar. Nós, enquanto associação, sensibilizamos os nossos motoristas, mas, para uma ¿maior justiça¿ é preciso que as entidades judiciais intervenham».
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