Petróleo e alimentos caros são «imposto adicional» a pagar - TVI

Petróleo e alimentos caros são «imposto adicional» a pagar

Vítor Constâncio

É necessário evitar espiral de subida de preços

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O governador do Banco de Portugal é contra o aumento intercalar de salários, como tem sido defendido por alguns sindicatos e deputados da Assembleia da República, por considerar que isso levaria a uma espiral inflacionista.

Para Vitor Constâncio, essa não é a resposta à actual escalada de preços, nomeadamente do petróleo e outras matérias-primas, como as alimentares.

«A inflação sobe porque o petróleo e outras matérias-primas estão mais caras. É como uma espécie de imposto adicional que temos de pagar todos, enquanto economia, ao exterior», disse, à saída de uma audição na comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, onde foi apresentado o boletim económico de Verão do banco central.

«É impossível, no conjunto da economia, escapar a esse imposto. Se todos procurarmos aumentar os rendimentos para fugir, isso vai levar a um aumento ainda maior da inflação em Portugal», um efeito que só iria «pesar mais ainda sobre as famílias de menores rendimentos».

«Seria ainda pior. Há que evitar essa espiral de aumentos da inflação e dos salários», acrescentou.

Para o governador, a resposta possível e necessária neste momento passa por políticas de redistribuição da riqueza, focadas nos mais pobres.
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