O primeiro-ministro disse esta terça-feira, no Parlamento, que a Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a Cimpor «não tem o apoio do Governo». José Sócrates respondeu, assim, às questões lançadas por Francisco Louçã sobre as palavras de um responsável da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) que disse que contava com o apoio do Governo português para a operação.
O director-geral da CSN, Juarez Saliba de Avelar, disse este sábado ao alguns jornais portugueses que contou o apoio do Governo português.
«O Governo nunca foi informado sobre a intenção dessa OPA», garantiu o primeiro-ministro, num esclarecimento à câmara parlamentar. «O Governo só foi informado, por cortesia, na noite antes do anúncio da OPA» da CSN sobre a cimenteira nacional.
Sobre as eventuais conversas que teriam acontecido entre José Sócrates e o responsável pela CSN, o primeiro-ministro reitera que apenas falou «uma vez com esse empresário», quando este se manifestou interessado noutro projecto em solo nacional, «cumprindo orientações da AICEP para incentivar o investimento no país».
Sobre a posição da Caixa Geral de Depósitos (CGD), que detém cerca de 10% da Cimpor, José Sócrates disse que «a posição da CGD será aquela que melhor garantir a estabilidade accionista e o futuro da empresa».
O primeiro-ministro explicou que a decisão sobre a OPA, que sairá do conselho de administração, será apresentada ao Governo.
Sócrates: «OPA sobre a Cimpor não tem o apoio do Governo»
- Redação
- RL
- 22 dez 2009, 16:46
José Sócrates garantiu que não falou com a CSN sobre oferta
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