Comércio a retalho cresceu 250 mil metros quadrados em 2007 - TVI

Comércio a retalho cresceu 250 mil metros quadrados em 2007

Centro Comercial

De acordo com a consultora os operadores são cada vez mais criteriosos, exigentes e selectivos

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O espaço ocupado pelo comércio a retalho em Portugal aumentou em cerca de 250 mil metros quadrados em 2007, o que traduz «um forte dinamismo», segundo a avaliação feita pela consultora imobiliária Cushman & Wakefield.

No final do ano passado, os espaços comerciais em Portugal situavam-se nos 2,9 milhões de metros quadrados de área bruta locável (ABL), representando um crescimento de 16 por cento face a 2006, o que significa que «o mercado de retalho continuou a manter em 2007 o forte dinamismo que marcou os últimos anos», avança a «Lusa».

A região Centro foi aquela que mais contribuiu para o aumento global da oferta, com mais de 31 por cento do total, tendo-se registado na região da Grande Lisboa o maior crescimento (827.909 metros quadrados de ABL).

Para o final de 2008, a consultora imobiliária C&W prevê que seja «ultrapassada a barreira dos 3 milhões de metros quadrados de ABL, significando mais um nível recorde de novas aberturas», afirmou a directora de research e consultoria da C&W, Marta Leote.

Segundo Marta Leote, «na Europa, o sector retalhista é um mercado muito desenvolvido, mas em Portugal ainda não, havendo, no entanto, um esforço para que a procura acompanhe a evolução da oferta».

Maior exigência do lado da procura

No lado da procura, manteve-se o interesse dos retalhistas, tendo em conta as taxas de ocupação verificadas, mas «os operadores mostram-se cada vez mais criteriosos, exigentes e selectivos», disse o director-geral da C&W, Eric van Leuven.

No ano passado verificou-se ainda um aumento do número de retalhistas internacionais interessados no mercado português, como, por exemplo, a Desigual, de origem espanhola, a Kiehl¿s e a Starbucks, de origem americana, e a Primark, de origem britânica.

A aquisição da Carrefour Portugal por parte da Sonae Distribuição, que se traduz na compra de 12 hipermercados e um conjunto de licenças para a abertura de novas unidades comerciais, contribuiu de igual forma para o aumento do mercado de retalho português.

O primeiro semestre de 2007 foi marcado por um «maior dinamismo no formato de retail parks», tendo o segundo semestre sido marcado pelo segmento de centros comerciais.

No comércio de rua verificou-se uma «lenta ascensão», devido à «expansão dos centros comerciais e à falta de dinamismo», disse Marta Leote.

De entre as diversas aberturas de lojas registadas, a C&W destacou a inauguração, na Avenida da Liberdade, da loja Loewe e o novo espaço da Lanidor (que compreende um novo conceito de restauração e um spa).

Nos centros comerciais e retail parks, «as rendas prime mantiveram-se estáveis», assim como no comércio de rua da Grande Lisboa, tendo-se verificado uma «ligeira redução» das rendas no comércio de rua do Grande Porto, de acordo com a empresa.
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