Aeroporto: Mário Lino aponta o dedo a gestores públicos - TVI

Aeroporto: Mário Lino aponta o dedo a gestores públicos

Mário Lino e Ana Paula Vitorino

Caso do Sá Carneiro deveu-se realização de «mais obra do que a inicialmente prevista»

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O ministro das Obras Públicas, Mário Lino, defendeu na passada sexta-feira, a propósito da ampliação do aeroporto Sá Carneiro, que os gestores devem ser responsabilizados pelas derrapagens dos custos e prazos das obras públicas, refere a agência Lusa.

«Os gestores públicos têm de ser responsabilizados a todos os níveis», disse Mário Lino aos jornalistas, sem especificar se o fará no caso da derrapagem do Aeroporto Sá Carneiro, que sublinhou, deveu-se à realização de «mais obra do que a inicialmente prevista».

Sá Carneiro com derrapagem de 100 milhões

«Não se gastou mais dinheiro para se fazer a mesma obra, mas em mais obra do que a que estava prevista», acrescentou o ministro, que falava à margem de uma conferência sobre Redes de Nova Geração.

Garantindo que «estas situações não se voltam a repetir», Mário Lino disse que nenhuma das obras actuais promovidas pelo ministério «está atrasada».

Derrapagens em 5 obras em causa

Mário Lino sublinhou ainda que os atrasos da ampliação do aeroporto «não tiveram nada a ver» com o actual executivo.

«As obras foram lançadas em 2000 e deviam ter acabado em 2003. Quando o Governo entrou em funções em 2005, não havia nada completado e havia até concursos que ainda nem sequer tinham sido lançados. Ou seja, havia um grande atraso», disse.

Um relatório de auditoria do Tribunal de Contas (TC), divulgado quinta-feira, refere derrapagens em cinco obras públicas num total de cerca de 289,6 milhões de euros, salientando a ampliação do Aeroporto Francisco Sá Carneiro que apresentou uma «derrapagem de custo na ordem dos 32 por cento, correspondente a 98,8 milhões de euros».

Governo afasta mais derrapagens

As cinco obras avaliadas pelo TC (Aeroporto Francisco Sá Carneiro, Casa da Música, Túnel do Rossio, Metro até Santa Apolónia, e a Ponte Europa em Coimbra) arrancaram sem a obtenção da Declaração de Impacto Ambiental.
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