Sistema de alerta de crise montado até final do ano - TVI

Sistema de alerta de crise montado até final do ano

Centro de emprego

Desemprego é um dos problemas que poderão ser minimizados com informação atempada

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O Ministério do Trabalho quer conseguir prever se determinado sector de actividade ou região do país vai entrar em crise económica, para a tentar evitar ou para melhor resolver problemas daí decorrentes, como o desemprego.

Pretende-se criar um sistema que recolha informação de várias fontes (empresas, sindicatos, associações e comunicação social) e avise quando se avizinharem tempos difíceis. Já foi feito um estudo piloto, em cinco regiões do Norte, e até ao final do ano deverá ser definido o modelo final, a alargar ao resto do país. A partir dessa altura, as conclusões serão publicadas de meio em meio ano, avança o «Jornal de Notícias».

O alerta permitirá «antecipar a criação e destruição de emprego» para minimizar problemas de desemprego ou assegurar que as empresas encontram trabalhadores com as qualificações necessárias, exemplificou ao JN Ana Paula Fernandes, sub-directora do Gabinete de Estudos e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho, que coordenou o projecto piloto. E explicou: «Imagine que uma multinacional vai fechar. Se o souber com antecedência, o Instituto de Emprego pode procurar emprego noutras empresas para essas pessoas, ou dar-lhes formação profissional, antes que a multinacional feche».

Consciência das necessidades

Também para os seus parceiros, informações destas são importantes. «Uma grande empresa que encerre, sobretudo no interior, pode ser um grande problema para os nossos associados», acrescentou Pedro Neto, da associação dos transportadores de passageiros (ANTROP).

António Amorim, director da associação têxtil ANIVEC/APIV, acrescentou: «Precisamos ter elementos sobre a estrutura do emprego e as suas tendências, para tomarmos consciência das necessidades» de empresas e regiões, disse. A ANIVEC e a ANTROP foram duas das associações participantes na rede de interlocutores montada pelo GEP para criar o Sistema Prospectivo de Indicadores do Mercado de Emprego (assim se chama o trabalho). A rede foi um dos três pilares do estudo, em conjunto com as notícias publicadas jornais (locais e nacionais) e um inquérito dirigido a 1712 empresas das cinco regiões escolhidas para a fase piloto: Cávado, Ave, Grande Porto, Tâmega e Entre Douro e Vouga.
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