Banca receosa faz derrapar bolsa do Dubai em 2,6%

O medo voltou a marcar lugar nos mercados do Dubai com o índice DFM a afundar 2,6 por cento, para 1.831,41 pontos, o pior resultado em duas semanas. Também o ADX de Abu Dubai caiu 0,9% para os 2.749,08 pontos. O motivo assenta no receio dos investidores, que esperam para ver como é que o problema da dívida da estatal Dubai World vai afectar os lucros da banca.

«A perspectiva económica ainda é incerta e não sabemos como é que o problema da dívida do Dubai vai afectar os resultados dos bancos», disse Chamel Fahmy, da Beltone Securities Brokerage, no Dubai, citado pela Bloomberg.

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Por isso, foi o sector da banca quem mais pressionou as bolsas dos Emirados Árabes Unidos. O National Bank of Dubai recuou 3,5% e o Dubai Islamic Bank derrapou 2,9%, depois de o Goldman ter recomendado «vender» ambos os papéis. Também o National Bank of Abu Dhabi desvalorizou 2,7%.

O índice DFM acumula perdas de 13% desde o passado dia 25 de Novembro, quando a Dubai World e uma sua subsidiária de imobiliário, a Nakheel, propuseram aos credores adiar o pagamento da sua dívida até Maio de 2010. Esta proposta levantou a hipótese de toda a região do Golfo ficar com problemas de liquidez.

Pagamento total da dívida ainda é opção

Mesmo pedindo o adiamento, a Dubai World acredita que conseguirá pagar a totalidade da dívida. De acordo com a edição deste domingo do jornal «The National», duas autoridades daquele país reuniram-se em Londres com vários líderes financeiros, tendo sido discutido o pagamento de todos os créditos bancários como «uma possibilidade a médio prazo».

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O seik Ahmed Bin Saeed al Maktoum, chefe do Supremo Fiscal do Dubai e tio do governante do emirado, e Mohammed al Shaibani, vice-presidente do comité, reuniram-se com autoridades na capital inglesa na quinta-feira antes de voarem para os EUA, adianta o jornal.

Na próxima segunda-feira, a Dubai World vai reunir-se com os credores e deve pedir formalmente o adiamento do pagamento da dívida.

Já na semana passada, o emirado de Abu Dhabi, a capital dos Emirados Árabes Unidos e dono de 8% das reservas mundiais de petróleo, avançou com dez mil milhões de dólares para ajudar a Dubai World.