Banco Mundial: «2009 será ano perigoso» - TVI

Banco Mundial: «2009 será ano perigoso»

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Presidente alerta para a recessão mundial

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O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, considerou esta sexta-feira em Londres que 2009 será um ano «muito perigoso», confirmando que todo o mundo entrará em recessão este ano, «pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial».

Com os ministros das Finanças e dirigentes dos bancos centrais do G20 a reunirem-se sábado no sul de Londres, em preparação da cimeira do grupo das 20 maiores economias desenvolvidas e em desenvolvimento marcada para 02 de Abril com a reforma do sistema financeiro internacional na agenda, Zoellick advertiu contra o risco de se «fazer muito pouco, muito tarde».

Segundo a agência Lusa, o presidente do Banco Mundial afirmou estar particularmente preocupado com os riscos de aumento do proteccionismo.

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«Quando há alterações económicas sérias, o que mais me preocupa é que se dá uma subida do desemprego, a opinião pública exige aos dirigentes que façam qualquer coisa e assim que estes esgotam as ferramentas construtivas, começam a tomar medidas proteccionistas e de isolamento e essa é a espiral negativa à qual assistimos nos anos 30», advertiu.

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«Não estou a prever um regresso aos anos 30», mas são precisas «respostas coordenadas, realizar em conjunto acções positivas no comércio, planos de relançamento, de recapitalização dos bancos», afirmou o antigo alto funcionário do Departamento de Estado norte-americano.

Planos de recuperação não chegam

Numa altura em que os Estados Unidos e a União Europeia parecem ter opiniões divergentes sobre os meios de sair da crise, com Washington a defender apoios suplementares e a UE uma mudança de regulamentação, Zoellick considerou que o alvo de 2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) para os planos de recuperação sugerido pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) é «um bom critério».

O presidente do Banco Mundial sublinhou que «os planos de recuperação por si só não são suficientes», que devem ser completados por medidas sobre os bancos e ser de uma amplitude «sustentável» para não minar ainda mais a confiança devido aos excessivos défices públicos.

Zoellick sugeriu ainda que o FMI forneça «relatórios frequentes» sobre a aplicação de fundos destinados a planos de recuperação.
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