Número de portugueses a trabalhar em Espanha caiu 20% em 2008 - TVI

Número de portugueses a trabalhar em Espanha caiu 20% em 2008

Trabalhador (Arquivo)

Esta queda coincide com o agravamento da situação económica em Espanha

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O número de portugueses registados como trabalhadores na Segurança Social espanhola caiu quase 20% no último ano, uma redução bastante mais significativa do que a média da redução total de imigrantes, de 8,4%, avança a Lusa.

Dados do Ministério do Trabalho e Imigração espanhol, confirmam igualmente que a tendência de descida no número de contribuintes portugueses tem sido, nos últimos meses, sempre mais elevada do que a média da população imigrante.

Só em Janeiro o número total de portugueses registados caiu 4,46%, face a Dezembro do ano passado, estando actualmente inscritos um total de 65.959 trabalhadores portugueses.

Menos trabalhadores independentes

A queda progressiva dos últimos meses empurrou o total de trabalhadores para níveis inferiores aos que se verificavam em Setembro de 2007, quando estavam registados cerca de 67 mil.

No regime geral estavam inscritos, no final de Janeiro, 50.531 portugueses (menos 23,7% que os 66.227 registados em Janeiro de 2008) e no regime de trabalhadores independentes havia 7.551 trabalhadores, ou menos 10,6%.

No regime do mar a flutuação foi ainda mais evidente, tendo o número total de portugueses inscritos caído quase 50% só entre Dezembro do ano passado e Janeiro deste ano, para 500 trabalhadores.

Esta tendência de redução no número de trabalhadores portugueses em Espanha já tinha começado a registar-se no último trimestre de 2007, coincidindo por isso com o agravamento da situação económica em Espanha.

Consolidou-se porém desde o início de Março, com a maior redução a ser sempre no «regime geral» onde se incluem sectores como a construção, serviços e industria, áreas que empregam o maior número de portugueses.

Parte da redução no número de trabalhadores deve-se à partida de portugueses de Espanha, dada a pressão económica e a queda de sectores como a construção e a indústria.

Uma percentagem importante, porém, representa o aumento do desemprego que no final de 2008 atingia 7.800 portugueses (15,3 por cento da população activa), a segunda maior taxa desde 2005 depois do recorde de 21,5 por cento de Setembro.

Bastante flutuante, a taxa de desemprego entre os portugueses residentes em Espanha chegou, no final de 2007, a registar a sua taxa mais baixa desde 2005 (5,07 por cento ou 2.700 trabalhadores num universo de 53 mil.
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