Sócrates: painéis solares são contributo contra crise - TVI

Sócrates: painéis solares são contributo contra crise

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Primeiro-ministro elogia benefícios energéticos e ambientais

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O primeiro-ministro apelou esta segunda-feira à compra de painéis solares pelos portugueses, no âmbito do programa do Governo de incentivo ao uso de energias renováveis, destacando o impacto positivo que terá na economia a vários níveis.

«Se [os portugueses] querem dar um bom contributo para, em primeiro lugar, reduzirem a sua factura energética e gastarem menos dinheiro com o aquecimento da água, se querem dar um contributo para o seu país, para haver mais emprego e mais dinamismo económico, por favor instalem painéis solares nas suas casas, aproveitem este programa do Governo», afirmou José Sócrates, citado pela agência Lusa, durante uma visita à empresa produtora de painéis solares termodinâmicos Energie, na Póvoa de Varzim.

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Segundo salientou, o programa de incentivo à aquisição de painéis solares prevê a comparticipação, pelo Governo, de 50 por cento do investimento.

«Se o fizerem, estão a dar um estímulo para transformar Portugal num país melhor, estarão a dar mais oportunidade de emprego a compatriotas seus e estarão a dar mais oportunidades às empresas portuguesas, como a Energie, e mais oportunidades de emprego e de actividade às micro-empresas a quem é subcontratada a instalação dos painéis solares», afirmou Sócrates.

Mais eficiência e autonomia

Por outro lado, o aproveitamento da energia solar «é um excelente contributo para aumentar a eficiência e a autonomia energética do país», disse.

Apontando a aposta do Governo nas energias renováveis como uma «forma de combate à crise», o primeiro-ministro admitiu que «2009 vai ser um dos anos economicamente mais difíceis» em Portugal, «como em todo o mundo».

«Tenho 51 anos e nunca vivi uma situação como esta, nem há esta segunda-feira nenhum político ou empresário no activo que possa dizer que viveu situações como a que estamos a viver, em que ao mesmo tempo os EUA, o Japão, a Europa, a Rússia e todos os países em desenvolvimento estão a enfrentar as maiores dificuldades», sustentou Sócrates.

«Pela primeira vez a economia do mundo tem uma previsão de crescimento negativo para 2009», salientou.

Há que «cerrar os dentes» contra crise

Face a este cenário, José Sócrates defende que há que «cerrar os dentes» e «estar na frente da batalha, ao lado daqueles que querem agir».

«Há muita gente que se queixa da crise, gosta de comentar a crise e até aproveita a crise, mas o dever do Governo é agir sobre a crise e uma das formas é estando ao lado dos empresários e daqueles que têm iniciativa e querem assumir riscos», disse.

Também presente na visita à Energie, durante a qual foi lançada a primeira pedra da segunda fase do complexo industrial da empresa, o ministro da Economia destacou o programa do Governo para instalação de painéis solares como «mais um marco no futuro das energias renováveis», onde, considerou, Portugal «está na linha da frente».

«Vivemos uma grande crise e temos de reagir, e uma das formas de reagir é estimulando este tipo de programas pela possibilidade de criar emprego e investimento», afirmou Manuel Pinho.
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