Obama descontente com planos dos gigantes automóveis - TVI

Obama descontente com planos dos gigantes automóveis

Barack Obama: «O país que inventou o automóvel não o pode abandonar»

GM e a Chrysler sobrevivem à custa de uma injecção governamental de 17.400 milhões de dólares mas precisam de mais

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A Casa Branca considerou que nenhum dos planos apresentados pelos dois gigantes económicos GM e Chrysler para terem direito a novos apoios financeiros são aceitáveis, afirma a Associated Press citando fontes da Administração Obama.

Segundo aquelas fontes, ouvidas no dia em que Barack Obama vai anunciar a sua decisão sobre uma injecção financeira no sector, o presidente e os seus conselheiros mais próximos determinaram que nenhum dos planos apresentados pelas companhias é viável e que os contribuintes não devem pagar incontáveis bilihões de dólares para manter os dois gigantes abertos para sempre, avança a Lusa.

Num último sinal de boa vontade, a Administração deu a cada companhia um curto período extra para uma última tentativa de convencer Washington de que vale a pena investir na sua recuperação.

Numa entrevista à CBS transmitida sábado, Obama afirmou que as companhias têm de mostrar mais para receber o apoio financeiro adicional do Governo.

Presidente da GM demitiu-se

Domingo à noite o «patrão»da General Motors (GM), Rick Wagoner, demitiu-se a pedido do Presidente Barack Obama, num outro sinal da insatisfação do presidente norte-americano quanto ao comportamento dos «gigantes» automóveis.

Atravessando a pior situação das últimas três décadas, a GM e a Chrysler sobrevivem à custa de uma injecção governamental de 17.400 milhões de dólares (mais de 13.000 milhões de euros), mas precisam de mais 16.600 milhões de dólares (12.500 milhões de euros) e 5.000 milhões de dólares (3.700 milhões de euros), respectivamente, para continuarem no mercado.

O novo homem forte da Casa Branca não escondeu a necessidade de «sacrifícios para todos, desde os administradores, passando pelos accionistas, credores, fornecedores e concessionários, até aos trabalhadores», em nome da crucial reestruturação.

Ambas as empresas estão agora determinadas a reduzir em dois terços as suas dívidas acumuladas, mediante um pacto com os sindicatos, porque empregam 140.000 trabalhadores.

Analistas económicos não escondem que, não havendo sacrifícios e desde logo êxito nas reformas, a falência poderá ditar o fim da GM e da Chrysler, que têm de submeter os seus planos ao governo até terça-feira.
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