40% das famílias portuguesas financeiramente vulneráveis - TVI

40% das famílias portuguesas financeiramente vulneráveis

Portugal

Situação tem melhorado mas ainda é pior do que a média europeia

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A vulnerabilidade financeira dos portugueses tem diminuído nos últimos anos, mas ainda é a quarta mais elevada na Europa. As famílias financeiramente vulneráveis em 2009 representam 39% do total, uma percentagem que permanece acima da média europeia, que está nos 14%.

O Índice Genworth, que este ano se estende pela primeira vez aos EUA, é composto pelo resultado das respostas a duas perguntas: 1) Nos últimos 12 meses, quantas vezes já passou por dificuldades financeiras? 2) Quais são suas expectativas para a situação financeira futura do seu agregado familiar?

«Embora as dificuldades financeiras tenham aliviado um pouco, o progresso de Portugal relativamente à vulnerabilidade financeira em 2009 foi impulsionado principalmente por um declínio das expectativas pessimistas. Em 2008, 55% das famílias em Portugal previam que a sua situação se agravaria (muito superior à média de 30% de todos os países)». Esse valor caiu para apenas 18% em 2009, revela o estudo.

Vulnerabilidade financeira dos portugueses baixa mas ainda é 4ª mais alta

De acordo com o índice da Genworth Financial, que analisa 14 países do Velho Continente, a vulnerabilidade financeira de Portugal já foi a mais elevada em 2008 e a segunda mais elevada em 2007.

O nosso país foi o que registou maiores melhorias na sua pontuação de vulnerabilidade, descendo de 70 para 45 pontos. Esta queda de 25 pontos é a segunda maior de todos os países, perdendo apenas com a Noruega. Portugal é também um dos únicos dois países que viu a sua segurança financeira aumentar. O outro é a Suécia.

Portugal acompanha tendência europeia

Portugal acompanha a tendência do resto da Europa, que «revela uma queda promissora nos níveis de vulnerabilidade financeira dos consumidores», com a pontuação a cair de 35 para 27, apesar da «recente deterioração da situação económica de todos os países pesquisados».

A queda pode ser atribuída ao modesto alívio das dificuldades financeiras e às expectativas menos pessimistas da situação financeira futura das famílias. Mas este promissor progresso está ainda um pouco aquém dos níveis de segurança observados em 2007, quando a Europa tinha uma pontuação de 7 sobre o índice.

Aumento do desemprego compensado por descida da taxa de juro

«É surpreendente que tenha havido uma diminuição das dificuldades financeiras, dado o aumento das taxas de desemprego em algumas partes da Europa. Isto sugere que as baixas taxas de juros tiveram um impacto positivo sobre o bem-estar financeiro dos consumidores», disse Luís Marques, Director-Geral da Genworth Financial¿s Lifestyle Protection, em Portugal e Espanha.

«Com as taxas de desemprego a aumentar em muitos países, juntamente com a perspectiva de aumentar as taxas de juros, muitos se perguntam se esta tendência vai continuar, e para mim a resposta é sim. Na verdade, dado que em muitos países, a economia está a recuperar, as pessoas mostram mais optimismo e parecem acreditar que a sua situação financeira irá melhorar no futuro», acrescentou.
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