A carta em que Armando Vara pede a suspensão do seu mandato enquanto vice-presidente do BCP, foi esta quinta-feira publicada pela edição online do jornal «Expresso». Nela, Vara explica que pede a suspensão e não a renúncia «porque tal poderia ser entendida como assunção de culpa».
No documento, Armando Vara sublinha o facto de terem vindo a público «notícias de um inquérito em curso no qual me são imputadas suspeitas de comportamentos incompatíveis com o meu estatuto pessoal e profissional».
Embora garanta que «tais suspeitas não têm fundamento», e diz ter consciência do seu direito e presunção de inocência, e lamenta os casos frequentes de suspeitas infundadas lançadas na opinião pública.
O vice-presidente do BCP explica que, tendo a sua audição sido adiada de 9 para 18 deste mês de Novembro, ficou também protelado o seu conhecimento das acusações que lhe são feitas.
Na altura, Armando Vara acabara de ser notificado pelo Banco de Portugal, de que seria ouvido no âmbito do processo de averiguações preliminares instaurado com base naquelas notícias.
«Posto isto, e após uma reflexão pessoal e solitária, reconheço que, neste momento, a minha permanência em funções no BCP pode de algum modo afectar os seus interesses. Ora eu não quero nem admito prejudicar, minimamente que seja, a instituição», escreve Vara no documento.
A carta em que Armando Vara pediu suspensão no BCP
- Redação
- PGM
- 5 nov 2009, 20:47
Vice-presidente do banco admite que a sua permanência poderia afectar os interesses da instituição
Relacionados
Continue a ler esta notícia