O Grupo José de Mello tinha como objectivo estratégico controlar 30% do capital social da Brisa. Um objectivo conseguido com a aquisição de 5,06% da Caixa Geral de Depósitos (CGD), ficando com uma posição de 30,87%.
«No entanto, ainda que não tenha como objectivo a curto prazo uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a Brisa, o grupo Mello não o nega», afirma o Ibersecurities no Iberian Daily. De acordo com a regulação do mercado nacional, o lançamento de uma OPA sobre a totalidade de uma empresa apenas é possível com o controlo de mais de 33,33% do capital social.
«Ao preço do fecho de quarta-feira, os restantes 69,13% da Brisa não controlados pelo Grupo Mello valia 2,7 mil milhões de euros», aponta o banco de investimento espanhol. «O negócio faz sentido no caso do Grupo Mello ter interesse em adquirir a empresa que gera um forte cash flow, mas o regulador pode dificultar o movimento da empresa», considera o mesmo.
«Cremos que os actuais accionistas da Brisa (ABE com 10%, o Deustche Banck com 6,32%, e o Ómega Capital com 2,01%) não estão interessados em vender a sua posição», estima o Ibersecurities. «Em qualquer dos casos, é positivo para as acções», conclui.
Acções da Brisa podem beneficiar com compra pelo Grupo Mello
- Sandra Pedro
- 17 nov 2004, 10:41
O Ibersecurities, o banco de investimento do Grupo Sabadell, considera «positivo» para as acções da Brisa uma eventual Oferta de Aquisição Pública (OPA) por parte do Grupo Mello à concessionária de auto-estradas.
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