Acções da EDP saem prejudicadas com «chumbo» de Bruxelas

«Caso o Comissário da Concorrência, Mário Monti, aceite a recomendação contra a fusão (da Gás de Portugal e a EDP e Eni), será enviada ao Comité dos Estados-membros antes da aprovação final dos 25 membros da CE», afirma no Iberian Daily. «A única possibilidade para salvar o negócio seria com as partes a oferecerem maiores cedências durante esta semana», nesta medida, «estamos mais volatilidade, embora tenha aumentado grandemente a possibilidade de uma decisão negativa», acrescenta o banco de investimento na mesma nota.

Em conclusão, o analista Enrique Soldevilla Manrique afirma que «em conjunto com o fluxo de notícias de Bruxelas que devem surgir nos próximos dias, as propostas alternativas apresentadas pelo Governo (as quais parecem apoiar a empresa na criação de um líder ibérico) são a «chave» para o futuro da EDP.»

Do ponto de vista fundamental, o BPI vai manter as suas estimativas. «O preço alvo para 2005 (2,42 euros por acção - correspondentes a 2,55 euros antes do ajuste do aumento de capital) não inclui a aquisição da GDP e, em resultado, vai manter-se.»

Refira-se que, dado a recusa de Bruxelas em aceitar a integração dos activos do gás na EDP e na Eni, o governo português está a estudar três alternativas, ainda que não tenha revelado pormenores.

«Note-se que, em linha com o acordado entre a EDP e a Eni, irá receber 650 milhões de euros coma venda de 33% da Galp Energia e 17 milhões de euros em dividendos. Ainda assim, os activos do gás serão incorporadas numa nova empresa denominada GalpGas, onde a Eni vai controlar 49% e a EDP manter os 51%», aponta ainda o banco de investimento Ibersecurities.