[Actualizada às 20h10]
A administração do Banco Privado Português (BPP), liderada por Fernando Adão da Fonseca, renunciou e cessa funções no final deste mês, confirmou fonte oficial do banco à Agência Financeira.
«Trata-se de uma situação que não é nova e que vem na sequência da decisão anteriormente anunciada», disse a mesma fonte.
Agora, o presidente demissionário do BPP, Adão da Fonseca vai voltar ao BCP . O regresso ao maior banco privado português deverá acontecer no próximo dia 1 de Setembro. Adão da Fonseca volta a sua «casa», de onde saiu há oito meses por nomeação do Banco de Portugal, mas ainda não tem cargo definido.
Recorde-se que esta equipa do BPP tinha sido nomeada para liderar o banco depois da saída de João Rendeiro, após terem vindo a público as dificuldades que o banco enfrentava.
Adão da Fonseca foi requisitado ao BCP pelo Banco de Portugal e levou consigo para o BPP Carlos Santos (director de supervisão do Banco de Portugal), João Faria (administrador da Caixa Geral de Depósitos) e João Ermida (antigo quadro do Santander Totta).
Adão da Fonseca tinha já pedido para ser substituído à frente do BPP, em Julho, mas o seu pedido foi recusado pelo Banco de Portugal. Formalizando a renúncia, como foi agora feito, o Banco de Portugal deixa de poder manter os gestores no banco.
Cabe agora ao Banco de Portugal nomear a nova administração.
Leia aqui reacção dos clientes à saída de Adão da Fonseca
Esta administração que agora sai tinha já dado conta aos funcionários do banco, numa comunicação interna, do seu pedido, onde alegava o provável cenário de insolvência do banco, depois de o Executivo ter recusado as várias propostas apresentadas pela administração, que procuravam solucionar a situação do banco.
Entretanto, sabe-se que a Associação Portuguesa de Bancos (APB) se reuniu já com o Ministério das Finanças em representação dos maiores bancos nacionais, para tentar encontrar uma solução para os clientes de retorno absoluto do banco.
A Agência Financeira contactou o Banco de Portugal, tendo recebido um comunicado onde o regulador sublinhava «considerar a vontade» da administração.
«Os administradores do BPP, como já demonstraram, são pessoas responsáveis e que sabem que estão em concretização operações importantes para os clientes do banco. Sabem também que o Banco de Portugal não deixará de considerar a sua vontade e que encontrará as soluções necessárias para que a administração do BPP seja devidamente assegurada», pode ler-se no curto comunicado enviado pela instituição liderada por Vítor Constâncio.
Administração do BPP demite-se e sai no fim do mês
- Paula Martins
- 7 ago 2009, 15:24
Adão da Fonseca já tinha pedido para sair, mas Constâncio não deixou
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