A decisão de José Sócrates causou «surpresa» à CCP, mas o seu responsável ressalvou, à saída da reunião de concertação social em que o valor foi revelado que «para quem tem um trabalhador com o salário na ordem dos 380 euros, este aumento tem uma expressão praticamente nula», lembrando que «apenas 5,5% da população trabalhadora está afecta a este nível salarial».
Por isso mesmo «o impacto de um aumento desta dimensão na economia portuguesa é muito reduzido», acrescentou.
O único efeito, diz, «é trazer algum estímulo e confiança numa altura em que a sociedade portuguesa está bastante fragilizada do ponto de vista da auto estima e da confiança».
José António Silva elogiou a coragem de José Sócrates, mas a CCP não tinha apresentado qualquer proposta já que, segundo o seu responsável, «entre um aumento de 2,3% e um de 3%, «para quem tem um salário na casa dos 380 euros é de tal forma ridículo, que eu próprio me abstive de fazer qualquer proposta», concluiu.
Alguns empresários aplaudem aumento de 3% no salário mínimo
- Paula Martins
- 14 nov 2005, 16:55
A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), felicitou, pela voz do seu responsável, José António Silva, a decisão do primeiro-ministro, de aumentar o salário mínimo nacional (SMN) em 3%, o valor mais alto entre as várias hipóteses que estavam em cima da mesa.
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