José António Barreiros adiantou que Mari Alkatiri não reivindicou a imunidade parlamentar, avança o «Correio da Manhã».
«Não tenho nenhuma indicação neste sentido, pelo contrário, ele não pretende beneficiar de imunidade». De outro modo, segundo o advogado, «não faria sentido ele contactar um advogado, bastava para tal ficar ao benefício de imunidade».
Alkatiri confirmou as declarações de Barreiros. «Quero provar a minha inocência na primeira audiência. Não me vou esquivar à Justiça», garantiu.
José António Barreiros adiantou ainda que Alkatiri o contactara «por telefone no final da semana passada», estando agora à espera que «seja marcada a audição para depois organizar uma viagem para Díli».
O advogado português vai formar uma equipa de causídicos para fazer a ligação entre Díli e Lisboa e não rejeita a hipótese de recrutar advogados de Macau, Austrália ou Indonésia. Enquanto decorre o processo, Alkatiri regressa à bancada parlamentar da Fretilin, partido do qual é secretário-geral.
Entretanto, prosseguem as diligências do presidente timorense para a escolha do seu sucessor. Xanana Gusmão enviou ontem à Fretilin um documento sobre a formação do futuro governo, ao qual o partido de Alkatiri deverá responder hoje.
Recorde-se que entre os nomes propostos pela Fretilin estão Estanislau Silva, Ana Pessoa, Rui Araújo, Arsénio Bano e ainda o independente Ramos- -Horta. Hoje, a missão da CPLP, que se encontra em Díli desde ontem, vai manter encontros com o presidente Xanana Gusmão, Mari Alkatiri, e o bispo de Díli, D. Alberto Ricardo da Silva.
Alkatiri não vai pedir imunidade
- Redação
- MD
- 5 jul 2006, 10:07
O advogado José António Barreiros vai defender o ex-primeiro-ministro Mari Alkatiri no processo que alegadamente é acusado de distribuição de armas a civis.
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