Apelo ONU para Timor já comprometeu 10,9 milhões de euros - TVI

Apelo ONU para Timor já comprometeu 10,9 milhões de euros

Timor (Lusa)

As contribuições para o apelo de ajuda de emergência para Timor-Leste já ultrapassaram dois terços dos 15 milhões de euros pedidos pela ONU, anunciou hoje o chefe da missão das Nações Unidas em Díli.

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Sukehiro Hasegawa, representante especial do secretário-geral da ONU em Timor-Leste, disse em Díli que desde que foi lançado o apelo de ajuda, a 12 de Junho, os países doadores já anunciaram participações financeiras no valor de 10,9 milhões de euros.

A verba destina-se a financiar três meses de operações humanitárias em Timor-Leste, onde a ONU calcula que existam 145 mil deslocados, na sequência da violência que afecta o país desde o final de Abril.

O apelo de emergência foi anunciado pelo coordenador da ajuda humanitária e representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em Díli, Fien Reske-Nielsen.

Sukehiro Hasegawa fez o balanço sobre as contribuições financeiras para o apelo de emergência da ONU durante uma conferência de imprensa em que deu con ta da decisão do Conselho de Segurança das Nações Unidas de prorrogar, por mais dois meses, o mandato da actual missão da organização em Timor-Leste.

Na ocasião, o representante de Kofi Annan salientou que «Timor-Leste é temporariamente um país quebrado, mas não é um Estado falhado».

Sukehiro Hasegawa disse ainda que Ian Martin, enviado especial de Kofi Annan, inicia no próximo dia 26 uma missão de avaliação de duas semanas das necessidades em termos de «capacetes azuis».

Militares e polícias da Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal, num total de cerca de 2 mil efectivos, começaram a chegar no passado dia 25 de Ma io a Timor-Leste, correspondendo a um pedido das autoridades timorenses para aju darem a restabelecer a lei e ordem públicas, face à desintegração da Polícia Nacional e às divisões no seio das forças armadas.

A crise iniciou-se em finais de Abril, depois de uma intervenção das forças armadas durante uma manifestação em Díli de cerca de 600 ex-militares (cerca de 40 por cento do total de efectivos do exército timorense), que foram desped idos por abandono das respectivas unidades e na sequência de denúncias sobre alegadas discriminações étnicas por parte dos seus superiores.
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