Bancos contra aumentos de 2,5% - TVI

Bancos contra aumentos de 2,5%

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As Instituições de Crédito (IC¿s) que, no âmbito da Associação Portuguesa de Bancos, estão a negociar a revisão da tabela salarial mostraram-se indisponíveis para atingir os 2,5% de aumento dos salários. Os Sindicatos, por sua vez, recusam liminarmente discutir nessa base, revela o Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas.

As negociações para a revisão da tabela salarial de 2006 entre os três Sindicatos verticais do sector ¿ SBSI, SBN e SBC ¿ e o Grupo Negociador das Instituições de Crédito que subscrevem o ACT do sector bancário caíram no impasse logo no início da discussão.

Na reunião realizada dia 1 de Março foi discutida a fundo, pela primeira vez, a revisão da tabela salarial, tendo as partes justificado as respectivas propostas sobre a matéria.

Os Sindicatos reafirmaram considerar a sua proposta justa, utilizando como argumentos os excelentes resultados do exercício de 2005, que os bancos ainda recentemente anunciaram através da comunicação social, e com as previsões para a taxa de inflação, cujos últimos dados disponíveis apontam para uma subida.

Já o grupo negociador veio uma vez mais defender que o aumento dos lucros se ficou a dever especialmente a receitas extraordinárias e aos ganhos obtidos no exterior, insinuando que, a haver compensações, elas seriam devidas não só aos trabalhadores da banca em Portugal mas também aos trabalhadores no estrangeiro.

Por outro lado voltaram a trazer à colação o total de encargos com pessoal, iludindo, na perspectiva dos Sindicatos, o facto de estarem em discussão os valores contratuais e não outros que cada IC per si entende atribuir aos seus trabalhadores.

Toda esta argumentação precedeu a declaração de que as Instituições de Crédito subscritoras do ACT do sector bancário não tencionam, sequer, atingir os 2,5% de aumento na tabela salarial.

Face a essa declaração de intenções, os Sindicatos deixaram claro que esse valor está longe de merecer o seu acordo, reclamando que as IC¿s repensem a sua posição e na próxima reunião apresentem um valor que favoreça o consenso.

A próxima ronda negocial ficou agendada para quinta-feira, dia 9.
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