Bancos prometem tornar acesso ao crédito ainda mais difícil - TVI

Bancos prometem tornar acesso ao crédito ainda mais difícil

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Procura de financiamento por parte de empresas e particulares diminuiu

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Se o acesso ao crédito já está difícil, a situação vai piorar ainda mais. É o que prevêem os bancos nacionais, de acordo com o inquérito do Banco de Portugal às cinco maiores instituições financeiras portuguesas.

Segundo o documento, os bancos esperam que, no terceiro trimestre deste ano, surjam ainda mais restrições à concessão de empréstimos, tanto às famílias como às empresas.

«Para o terceiro trimestre de 2009, os bancos participantes no inquérito antecipam, em termos globais, apertos adicionais nos critérios de concessão de crédito ao sector privado não financeiro», pode ler-se no relatório do BdP.

Para o mesmo período, esperam também um aumento ligeiro aumento da procura de empréstimos ou de linhas de crédito por parte das empresas e, pelo contrário, uma diminuição da procura de empréstimos pelos particulares.

Já no segundo trimestre do ano, os bancos estiveram mais restritivos que nos primeiros três meses do ano. «Manteve-se a tendência de maior restritividade na concessão de crédito observada desde o início da turbulência nos mercados financeiros, embora de forma menos acentuada», diz o documento.

Entre os sinais de maior restritividade está «um aumento dos spreads aplicados nos empréstimos concedidos», sobretudo nos de maior risco, além de outras condições.

«A procura de empréstimos ou linhas de crédito por parte das empresas terá registado, em termos médios, uma ligeira diminuição no segundo trimestre de 2009 face ao trimestre precedente». O Banco de Portugal explica esta evolução com as menores necessidades de financiamento de investimento e de projectos para fusões e aquisições e também com o maior foco das empresas, neste período, na sua reestruturação empresarial, em detrimento da expansão.

No que toca aos particulares, também se deu uma diminuição da procura de crédito, sobretudo à habitação, devido à «deterioração da confiança dos consumidores, com perspectivas menos favoráveis para o mercado de habitação, assim como com alguma redução nas despesas de consumo de bens duradouros».
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