Barragens vão envolver até 2 mil milhões de investimentos - TVI

Barragens vão envolver até 2 mil milhões de investimentos

Ministro do Ambiente, Nunes Correia e o primeiro-ministro, José Sócrates

Plano hidroeléctrico aprovado

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O Governo aprovou esta sexta-feira o plano nacional de barragens com elevado potencial hidroeléctrico (PNBEPH) que, de acordo com o mesmo, vai envolver entre 1 a 2 mil milhões de euros de investimentos por parte de empresas privadas. Do projecto fazem parte dez barragens, como já tinha sido apontado.

«O Instituto da Água aprovou o PNBEPH em articulação com a Direcção Geral de Geologia e Energia (DGGE), que estabelece como opção mais favorável aquela que contém os empreendimentos de Almorol, Alvito, Daivões, Foz Tua, Fridão, Girabolhos, Gouvães, Pardoselos, Pinhosão e Alto Tâmega/Vidago». «Estamos a falar de 1 a 2 mil milhões de euros de investimento privado», adiantou o ministro do Ambiente, Francisco Nunes Correia, na conferência de imprensa.

De acordo com o mesmo, o objectivo é «reforçar o mercado, promover a concorrência e dar celeridade» ao sector.

Recorde-se que este plano faz parte das metas estabelecidas pelo Governo para a produção de energia com origem hídrica até 2020, no qual se prevê ultrapassar os 7 mil MegaWatts (MW) de potência hídrica instalada e que permitirá a Portugal utilizar aproximadamente 70 por cento do seu potencial.

Concursos avançam no próximo ano

A concurso público vão nove destas dez barragens, já no próximo ano. A excepção é a do Foz Tua, que terá «um mecanismo concursal simplificado» a realizar-se dentro de «três a seis meses». Nunes Correia explicou ainda que a ideia é acelerar este processo e que, desta forma, só há concurso se houver mais do que uma proposta, já apresentada, e que a primeira terá sempre o direito de preferência.

Neste caso, este direito caberá à EDP, uma vez que o presidente da eléctrica, António Mexia, confirmou esta tarde ter-se manifestado nesse sentido.

«Acredito que em menos de 12 meses podemos iniciar a construção da primeira barragem (Foz Tua)», acrescentou o ministro do Ambiente.

Quanto às restantes, essas vão demorar mais, apesar do concurso público ser lançado dentro de três meses e concluído em seis. «A construção destes projectos não se vai iniciar antes de 24 a 30 meses», concluiu Nunes Correia, sublinhando que aqui todas empresas do sector são «bem-vindas».
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