Bons resultados da EDP e Jerónimo Martins animam bolsa - TVI

Bons resultados da EDP e Jerónimo Martins animam bolsa

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Sonae Indústria lidera quedas depois de subsidiária ser alvo de buscas

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A bolsa de Lisboa conseguiu encerrar em terreno positivo, muito em parte graças aos resultados obtidos pela EDP e pela Jerónimo Martins em 2008, que impulsionaram as respectivas acções.

O índice PSI20 subiu 0,48% para 5.776,36 pontos, com a EDP a liderar os ganhos, depois de ter anunciado o maior lucro alguma vez registado em Portugal por uma empresa cotada: 1.076 milhões de euros. As acções da empresa dispararam 3,92% para 2,44 euros.

No mesmo sector da energia, notas positivas ainda para a Galp, que subiu 1,19% para 8,50 euros, e para a EDP Renováveis, a subir 1,03% para 5,81 euros.

Jerónimo Martins investe em ano de crise

No segundo lugar do pódio dos ganhos esteve a Jerónimo Martins, que trepou 2,73% para 3,20 euros, depois de ter anunciado um crescimento de 24% nos lucros de 2008, para 163 milhões de euros, superando as expectativas dos analistas. Apesar da crise, a empresa vai investir este ano 300 milhões de euros na abertura de novas lojas, 150 novos supermercados na Polónia e mais 7 em Portugal.

No terreno negativo, um dos destaques vai novamente para o sector financeiro, desta vez liderado pelo BES, que cedeu 2,27% para 4,69 euros. O BPI recuou 0,66% para 1,35 euros e o BCP apenas 0,16% para 0,59 euros.

Também as telecomunicações mereceram nota negativa, com a PT a recuar 1,84% para 5,99 euros, a Sonaecom a perder 0,66% para 1,05 euros e a ZON a deslizar 1,39% para 3,70 euros.

A Sonae Indústria esteve também na ordem do dia, mas não pelas melhores razões. A sua subsidiária alemã Glunz foi alvo de buscas por suspeita de concertação de preços. As acções da empresa lideraram as quedas no PSI20, ao perderem 2,59% para 1,20 euros.

EUA: ânimo inicial evaporou-se

No resto da Europa, apenas o FTSE inglês fez companhia à praça portuguesa no verde, subindo 0,02%. De resto, o vermelho predominou, com o CAC francês a descer 1,37%, o DAX alemão a ceder 0,79% e o IBEX espanhol a recuar 1,27%.

Nos EUA, apesar da abertura em forte alta, os ganhos esmoreceram rapidamente. Antes da abertura, soube-se que, em Fevereiro, desapareceram 651 mil postos de trabalho. O número, apesar de elevado, animou os investidores por ser inferior aos 655 mil empregos apagados em Janeiro e aos 681 mil que desapareceram em Dezembro, o que podia indicar que a destruição de emprego estava a abrandar. Para além disso, era também inferior ao esperado pelos analistas.

No entanto, o entusiasmo inicial foi rapidamente anulado. A taxa de desemprego dos EUA atingiu em Fevereiro o valor mais alto dos últimos 25 anos, nos 8,1%, com o número de desempregados a atingir também um novo recorde, nos 12,5 milhões. Depois da divulgação dos dados, a Casa Branca alertou que o pior pode ainda estar por vir, já que a prolongação da recessão pode fazer afundar ainda mais o emprego.

O Dow Jones está a gora a perder 0,56% e o Nasdaq 2,33%.
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