Bruxelas abre a porta a concorrentes dos têxteis portugueses - TVI

Bruxelas abre a porta a concorrentes dos têxteis portugueses

Saldos

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia decidiram ontem eliminar todas as restrições quantitativas à importação de produtos têxteis no mercado europeu já a partir do próximo dia 1.

Na prática, esta medida escancara as portas da União Europeia aos produtos chineses, e ameaça milhares de postos de trabalho em Portugal e terá um impacto profundamente negativo na economia nacional e dos restantes Estados-membros.

«O mercado português vai sofrer profundamente com esta decisão que abre as fronteiras europeias à concorrência desleal dos produtos chineses», declarou ao «Correio da Manhã» José Alberto Robalo, presidente da Associação Nacional das Indústrias e Lanifícios (ANIL). De acordo com este dirigente, é impossível algum país concorrer com as empresas chinesas que «utilizam mão-de-obra escrava e que além disso recebem incentivos do Estado que reduzem o preço de custo dos seus produtos e que permitem que estes sejam vendidos a preços muito inferiores aos nacionais».

Em Portugal, de acordo com dados do Centro de Estudos Têxteis Aplicados (Cenestap), existem 16.910 empresas no sector, o que representa perto de 243.263 postos de trabalho. Números que fazem a ANIL recear o futuro da indústria.
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