«Por aquilo que conheço, por intuição e por ponderação das coisas, e salvaguardando eventual informação que venha a ser disponibilizada, nas actuais circunstâncias do país e no estado das finanças públicas nunca iria para este projecto porque está deslocado das nossas condições e nível de desenvolvimento», sustentou.
O antigo ministro das Finanças dos governos de Cavaco Silva, citado pela Lusa, falava hoje à margem da VI Conferência da Associação Portuguesa de gestão e Engenharia Industrial.
«Há outras grandes prioridades a cumprir e outros bons investimentos públicos a realizar», sublinhou o economista.
Quanto à linha de Alta Velocidade (TGV), Cadilhe diz ter «outra opinião», considerando-o como um «bom exemplo de investimento público» a incluir nas primeiras prioridades do Governo.
De acordo com o ainda presidente da Associação Portuguesa de Investimento (API), é necessário, contudo, ter em atenção e «alguma moderação» em relação às linhas e infra-estruturas a aplicar no projecto de alta velocidade, bem como em relação ao equilíbrio entre o transporte de mercadorias e o de passageiros.
«Temos que ter em atenção que vivemos em recessão grave e se a política descola da técnica pode também descolar do bom senso», concluiu.
Cadilhe é contra Ota em tempo de crise mas a favor do TGV
- Redação
- Lusa/PGM
- 18 nov 2005, 12:42
O economista Miguel Cadilhe considerou hoje que projecto para o novo aeroporto da Ota está «deslocado» das actuais condições do país, que vive uma «recessão grave» à luz do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC).
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