CAP espera que novo governo tenha estratégia para a agricultura - TVI

CAP espera que novo governo tenha estratégia para a agricultura

Agricultor

A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) espera que o governo tenha uma estratégia para a política agrícola nacional e consiga uma boa negociação nos fundos europeus.

O presidente da CAP, João Machado, afirmou à agência Lusa ser essencial que o novo governo, numa altura em que se estão a negociar as perspectivas financeiras para 2007-2013, seja capaz de uma boa negociação que garanta fundos para o desenvolvimento da economia portuguesa.

Para além disso, o presidente da CAP defende a existência de um bom programa para «aproveitar» os fundos que saírem da negociação.

Nesse sentido, considera fulcral uma reestruturação do Ministério da Agricultura que permita a sua «adequação à nova Política Agrícola Comum».

«Portugal não pode estar sempre a dizer que é maltratado pela Política Agrícola Comum, quando tem maus programas que desperdiçam fundos e uma máquina do Estado que também não os aplica bem», defendeu.

«É necessária uma estratégia para a política agrícola nacional e uma aplicação dos fundos comunitários que garanta a mudança da agricultura portuguesa de forma a torná-la mais competitiva», acrescentou.

João Machado defende ainda ser necessário que os ministérios da Agricultura e do Ambiente passem a trabalhar conjuntamente e «não estejam de costas voltadas como aconteceu nos últimos anos».

O presidente da CAP afirma que essa atitude «quase conduziu o país ao risco de perder fundos para a agricultura por falta de relatórios do Ministério do Ambiente».

Sobre os resultados eleitorais, que deram a maioria absoluta ao Partido Socialista, João Machado considera que se tratou de «um bom sinal e um sinal claro de que o país estava num estado muito difícil».

O responsável afirma que o PS tem agora «uma grande responsabilidade» e espera que com «estabilidade governativa por quatro anos encare de frente os problemas do país».

«Estão reunidas as condições para que o PS faça as reformas estruturais que são necessárias a nível da educação, saúde, justiça e finanças públicas», concluiu.
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