Vítor Pereira, dirigente da Federação dos Sindicatos de Transportes Rodoviários e Urbanos (FESTRU), disse à agência «Lusa» que as negociações com a associação patronal do sector têm-se arrastado, tendo atingindo uma situação de bloqueio, por isso os trabalhadores querem manifestar o seu descontentamento.
Segundo o sindicalista, este é um sector onde existe muita precariedade e onde os trabalhadores ganham salários que rondam os 500, 600 euros (apesar de serem técnicos especializados e com habilitações) e não têm funções nem horários definidos.
«O contrato colectivo de trabalho é uma reivindicação antiga destes trabalhadores que querem ver definidas as suas condições de trabalho e a subida dos salários para os 1.000 euros, assim como o direito à formação profissional contínua», disse Vítor Pereira, em declarações à mesma agência.
Para a greve de dois dias, o dirigente da FESTRU prevê uma boa adesão, que poderá levar ao encerramento de muitos centros de inspecção.
O sindicalista salientou, no entanto, que a elevada precariedade do sector pode condicionar a adesão à paralisação.
Em Portugal existem cerca de 300 centros de inspecção automóvel, que empregam cerca de 2.000 trabalhadores.
Centros de inspecção automóvel em greve durante 2 dias
- Redação
- SAS
- 13 jul 2006, 20:13
Os trabalhadores dos centros de inspecção automóvel vão estar em greve nos dias 28 e 29 em defesa de um contrato colectivo de trabalho para o sector que defina as suas condições de trabalho.
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