CGD empresta um milhão de euros para o microcrédito - TVI

CGD empresta um milhão de euros para o microcrédito

CGD

A Caixa Geral de Depósitos assinou hoje um protocolo com duas associações para emprestar um milhão de euros a pequenos negócios e jovens empresários, num projecto de microcrédito.

Na assinatura do protocolo entre a CGD, a Associação Nacional de Direito ao Crédito (ANDC) e a Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), o administrador da instituição financeira Carlos Costa disse que a linha de crédito terá a duração máxima de três anos, embora esse prazo possa ser estendido se o negócio tiver sucesso.

O milhão de euros que a CGD prevê emprestar com este protocolo de microcrédito será repartido entre os 250 mil euros para os projectos oriundos da ANDC e os restantes 750 mil para projectos de investimento da ANJE.

No caso dos pedidos de financiamento virem da ANDC, situações em que normalmente os empresários estão a fazer a sua segunda ou terceira tentativa de negócio, os montantes financiados oscilam entre os mil e os cinco mil euros e os projectos podem ser financiados na totalidade, a um prazo máximo de 36 meses.

Caso o investimento seja proposto pela ANJE, com os empresários a avançarem para a sua primeira oportunidade de negócio, o máximo que a CGD empresta são 25 mil, mas só financia até 80% do investimento total e até um prazo máximo de 48 meses.

Em Junho, a CGD tinha já celebrado um protocolo de microcrédito com o Serviço Jesuíta aos Refugiados e o seu presidente, Carlos Santos Ferreira, anunciou hoje que no início de 2006 serão assinados mais 2 protocolos com outras instituições que não quis nomear.

Estas linhas de microcrédito destinam-se a apoiar a criação de auto-emprego e de pequenos negócios.

A CGD tem actualmente quatro agências em Lisboa, Porto, Faro e Coimbra para análise e acompanhamento dos projectos de microcrédito.

No protocolo estabelecido, a CGD fica com a obrigação de emprestar o dinheiro e aprovar ou recusar os candidatos.

à ANJE e à ANDC cabe o papel de analisar as propostas proponentes e de as apresentar à CGD, bem como o compromisso de acompanhar o negócio e o crédito em incumprimento Manuel Brandão Alves, presidente da ANDC, considera que este protocolo hoje assinado vai permitir a criação de emprego e combater a exclusão social.

O Ministro das Finanças, que também esteve presente na assinatura do protocolo em representação do accionista Estado na CGD voltou a afirmar que «a vida económica [portuguesa] não se faz só de grandes projectos», mas também de «muitos e pequenos» investimentos.

Elogiou a iniciativa e sublinhou que ela vai ao encontro das preocupações do governo em matéria de reforço da coesão social e de estímulo à iniciativa privada.

Em declarações aos jornalistas à margem da assinatura do protocolo, Teixeira dos Santos afirmou que não são necessários «grandes estímulos fiscais» para o microcrédito ter sucesso, sugerindo que o Executivo não está disponível para introduzir benefícios fiscais neste tipo de projectos de investimento.
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